São Paulo - Depois de sair da presidência da Telefônica Vivo, Amos Genish irá ocupar um cargo na francesa Vivendi.
Em comunicado, a Vivendi anunciou que ele será o Chief Convergence Officer, ou chefe de convergência. “Nesse papel, ele irá supervisionar a estratégia de convergência do grupo entre conteúdo, plataformas e distribuição”, disse a companhia.
Genish se tornou presidente da Telefônica Vivo em maio de 2015, quando a GVT, da qual era um dos fundadores, se juntou à empresa de telefonia.
Ele deixou o cargo em outubro do ano passado e foi substituído por Eduardo Navarro, que era até então diretor comercial da divisão digital da Telefônica SA.
Ontem, 4, Genish também deixou o conselho de administração da brasileira. José María Del Rey Osorio foi eleito para ocupar o cargo vago.
A Vivendi é hoje uma das maiores empresas de mídia do mundo. Ela atua na cadeia de criação, produção e distribuição de conteúdo.
É uma das maiores acionistas da Telecom Itália, que por sua vez controla a Tim. Para evitar conflitos de interesse, Genish deverá ficar um ano sem participar de decisões da Tim depois de ter deixado a sua concorrente.
19 empresas que mudaram de presidência em 2016
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1. De saída
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1/20 (Thinkstock)
São Paulo – Por meio de promoções, aposentadorias ou até mesmo por causa de escândalos, diversas empresas trocaram de comando em 2016. Eletrolux, Walmart, Ford, Embraer e Nestlé são algumas das companhias que estão na lista.
Entre as mudanças por aposentadoria está a Starbucks, que deixará de ser comandada por Howard Schultz, que transformou a pequena rede de cafés em uma das maiores companhias do mundo.
Já algumas trocas ocorreram como tentativas para melhorar os resultados de uma companhia, como o caso da Natura e da Petrobras.
A JBS elegeu José Batista Júnior como diretor-presidente interino, depois que a Justiça Federal determinou o afastamento de Wesley e Joesley Batista do comando de qualquer empresa na Operação Greenfield.
Confira nas imagens 19 empresas que trocaram de comando no último ano.
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2. Ibema
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2/20 Plantação e corte de eucaliptos da Suzano de Papel e Celulose (Germano Lüders/EXAME.com)
Com a conclusão da compra da fábrica de papel cartão da Suzano em Embu das Artes (SP), em janeiro, a Ibema
ganhou um novo presidente. Giuseppe Musella, ex-diretor de operações do Grupo Boticário, substituiu Nei Senter Martins à frente da companhia.
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3. Eletrolux
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3/20 (Janerik Henriksson/AFP)
A Eletrolux buscou se unir à GE, mas a operação não foi finalizada. Em seguida, o presidente da companhia sueca, Keith McLoughlin,
renunciou ao cargo, que passou a ser ocupado por Jonas Samuelson, então diretor da área de negócios de eletrodomésticos da Electrolux na Europa, Oriente Médio e África.
Em comunicado, McLoughlin afirmou que “fortalecemos essa companhia ao aumentar significativamente o investimento em inovação voltada ao público”. Ele retornou aos Estados Unidos para ficar com a família e prestar consultoria para a Electrolux.
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4. Máquina de Vendas
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4/20
Também no começo do ano, Enéas Pestana deixou a presidência da Máquina de Vendas, apenas 5 meses depois de subir ao cargo. Ele foi para o conselho da companhia depois de integrar as 5 companhias da holding (Ricardo Eletro, Insinuante, Eletro Shopping, Salfer e City Lar). Em seu lugar, Ricardo Nunes, um dos principais acionistas,
retornou à liderança da empresa.
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5. Walmart
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5/20
Em janeiro, o Walmart Brasil anunciou que o Flávio Cotini, então vice-presidente de Finanças,
foi promovido a presidente e CEO da operação no país. O então presidente, Guilherme Loureiro, assumiu a liderança do Walmart no México e América Central, depois de ter sido presidente da empresa no Brasil desde 2013.
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6. AES Tietê e AES Eletropaulo
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6/20 (AES Tietê/Divulgação)
Desde abril de 2016, a AES Tietê e a AES Eletropaulo
têm novos presidentes. Britaldo Pedrosa Soares, que era o diretor-presidente das duas companhias, tornou-se presidente do conselho de administração. Ítalo Tadeu de Carvalho Freitas Filho foi indicado para assumir o cargo na AES Tietê e Chales Lenzi na AES Eletropaulo.
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7. Facebook no Brasil
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7/20 O diretor-geral do Facebook no Brasil, Marcos Angelini (Divulgação/Facebook)
Também em abril, o Facebook anunciou que Marcos Angelini chegou ao
cargo de diretor-geral para o Brasil. O posto estava vago desde que Leonardo Tristão deixou o comando da empresa no país para assumir o Airbnb, em junho do ano passado.
Angelini trabalhou por duas décadas na Unilever, onde, por último, ocupou a posição de vice-presidente para a divisão de home care e de VP global para a marca OMO.
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8. Ernst & Young
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8/20
Luiz Sérgio Vieira, que atuava como vice-presidente de mercados,
substitui Jorge Menegassi na liderança da EY (Ernst & Young) em julho. O período de transição começou há três anos, mas a sua carreira dentro da companhia começou há muito tempo, quando ele entrou na EY como trainee há 24 anos. Vieira se tornou o mais jovem CEO à frente das quatro maiores consultorias e auditorias do mundo.
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9. Petrobras
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9/20 Sob nova direção: agora na mão de profissionais como Pedro Parente, a Petrobras não vai mais jogar dinheiro fora (Germano Luders/Exame)
Investigada na Operação Lava Jato, envolvida em um enorme esquema de corrupção e com dívidas bilionárias, a Petrobras mudou a sua presidência em maio.
O ex-ministro Pedro Parente foi o escolhido pelo presidente Michel Temer para comandar a Petrobras e substituir Aldemir Bendine. Ele tem grande experiência em gestão de crises, o que foi um dos motivos para ter sido escolhido para liderar a maior empresa brasileira.
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10. Embraer
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10/20 Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente da Embraer (Divulgação)
Em um anúncio que surpreendeu o mercado, a fabricante de jatos Embraer anunciou em junho uma troca no comando da companhia. Desde julho, ela é
presidida por Paulo Cesar de Souza e Silva no lugar de Frederico Curado.
Silva era, até então, vice-presidente para o segmento de aviação comercial, área responsável pela maior parte da receita da Embraer, e está na companhia desde 1997.
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11. Nestlé
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11/20 (Fabrice Coffrini)
O atual chairman do conselho de administração da Nestlé irá se aposentar a partir do ano que vem. No seu lugar, o conselho lançou a candidatura de
Paul Bulcke (foto), atual CEO da empresa, para concorrer ao posto.
Como o cargo de CEO ficou, então, vago, o conselho votou na nomeação de Ulf Mark Schneider para ser o CEO da Nestlé a partir de 2017. Uma vez que Schneider foi durante anos presidente da empresa de serviços de saúde Fresenius Group, a sua indicação demonstra uma inclinação da empresa para sua divisão de saúde.
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12. Ford
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12/20 (Ford/Divulgação)
A montadora Ford passou por uma dança das cadeiras, com mudanças entre seus principais diretores na América do Sul e na Europa. A partir de agosto, Steven Armstrong, de 52 anos, então presidente no continente sul-americano, substituiu Barb Samardzich, diretora de operações na Europa, que se aposentou.
Lyle Watters, de 51 anos, passou a ser o presidente da Ford na América do Sul. Ele será responsável por todas as operações da montadora na América do Sul e responderá a Joe Hinrichs, vice-presidente-executivo da Ford e presidente no continente americano.
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13. Johnson & Johnson
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13/20 Duda Kertész (Divulgação)
A divisão de negócio de consumo da Johnson & Johnson nos Estados Unidos
passou a ser chefiada por uma brasileira em setembro. Duda Kertész foi promovida e será responsável pela operação de marcas como JOHNSON’S®, LISTERINE®, Oral Care e BAND AID®, entre outras. Para o seu lugar no Brasil, a empresa escolheu André Mendes, presidente da J&J Consumo Cone Sul desde 2012.
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14. L’Oreal
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14/20 (/Divulgação)
Didier Tisserand deixará o comando da L’Oréal no Brasil, depois de 5 anos à frente da empresa. Ele assumirá outras responsabilidades no grupo e será
substituído por An Verhulst-Santos a partir de janeiro de 2017.
Verhulst, que começou sua carreira na L´Oréal em 1991, na Bélgica, está no Brasil desde 2005 e era até então presidente da divisão de produtos profissionais.
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15. General Motors
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15/20 Carlos Zarlenga, presidente da GM (Germano Luders/Exame)
Em substituição a Santiago Chamorro, Carlos Zarlenga
assumiu a presidência da General Motors no Brasil em setembro de 2016. Chamorro irá para a sede da companhia em Detroit, nos Estados Unidos. Zarlenga ocupava até então da diretoria financeira da empresa na América Latina.
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16. JBS
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16/20 JBS (Paulo Fridman/Bloomberg)
Depois que a Justiça Federal determinou o afastamento de Wesley e Joesley Batista do comando de qualquer empresa na Operação Greenfield, em setembro, a
JBS anunciou José Batista Júnior como diretor-presidente interino. José Batista Sobrinho foi nomeado presidente do conselho de administração.
A operação da Polícia Federal investiga “gestão temerária e fraudulenta” nos fundos de pensão estatais brasileiros. A Eldorado Celulose, empresa controlada pela mesma holding, a J&F, está envolvida na investigação.
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17. Natura
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17/20 João Paulo Ferreira, da Natura: missão de retomar o brilho perdido (Germano Luders/Site Exame)
Em um anúncio que pegou o mercado de surpresa, Roberto Lima renunciou ao cargo de presidente da Natura em outubro. A mudança na companhia é uma forma de buscar novos caminhos para retomar o crescimento, que em abril teve seu primeiro resultado negativo desde sua estreia na bolsa, em 2004.
O novo presidente da empresa, João Paulo Ferreira, já reforçou que a venda de porta em porta continuará a ser o centro da estratégia da companhia.
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18. Telefônica Vivo
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18/20 (Foto/Divulgação)
Algumas semanas antes do previsto,
Eduardo Navarro assumiu em novembro a presidência da Telefônica Vivo no Brasil. Ele já havia sido indicado como o sucessor de Amos Genish em outubro deste ano e deveria assumir somente em janeiro de 2017, mas a mudança foi antecipada. Genish entrou na Telefônica quando a GVT, companhia fundada por ele e um grupo de investidores e que pertencia à francesa Vivendi, foi adquirida pela Vivo em agosto de 2014 por R$ 22 bilhões.
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19. Starbucks
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19/20 (Getty Images)
Polêmico, apaixonado por café e envolvido em questões sociais, o CEO da Starbucks
Howard Schultz anunciou que irá deixar o cargo em 2017. Em abril do ano que vem, o atual COO da companhia de cafés, Kevin Johnson, assumirá a posição.
Schultz entrou no mercado de bebidas há 30 anos, comprando o Starbucks quando a rede tinha apenas 6 lojas. Sob sua direção, a Starbucks se tornou a maior rede de cafeterias do mundo, com mais de 25.000 lojas em 75 países.
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20. Toyota
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20/20 (Toru Hanai/Reuters)
Quase no fim do ano, a Toyota
trocou o comando das operações locais. A partir de janeiro, a empresa no Brasil será presidida pelo peruano Rafael Chang, em substituição a Koji Kondo, que retornará ao Japão. É a primeira vez em 59 anos no País que a marca terá um presidente não japonês.
Recentemente, a montadora também divulgou investimentos de R$ 600 milhões para ampliar a produção de motores em Porto Feliz (SP).