Walmart: a denúncia alega várias irregularidades, incluindo a rotulagem incorreta de produtos (Joe Raedle/Getty Images)
Reuters
Publicado em 15 de março de 2018 às 21h48.
Última atualização em 15 de março de 2018 às 22h29.
O Walmart foi processado nesta quinta-feira por um ex-executivo que acusou o maior varejista do mundo de emitir resultados enganosos de comércio eletrônico, em meio à crescente pressão da Amazon.com, e de demiti-lo por ter reclamado da prática.
Tri Huynh, ex-diretor de desenvolvimento de negócios, acusou o Walmart de ter traído os princípios de integridade e honestidade adotados pelo fundador Sam Walton em seu empenho para mostrar "crescimento meteórico" no comércio eletrônico.
A denúncia alega várias irregularidades, incluindo a rotulagem incorreta de produtos, permitindo ao Walmart cobrar comissões de vendas excessivas, e a falha no processamento correto de devolução de clientes, para melhorar os resultados.
"Wal-Mart enganou na corrida para expandir e ganhar participação de mercado", por estar "desesperado por ganhar o terreno que há muito perdeu para a Amazon", disse Huynh em sua queixa apresentada ao Tribunal Distrital dos EUA em San Francisco.
O porta-voz do Walmart, Randy Hargrove, disse que o litígio é baseado em alegações de um ex-funcionário descontente, que foi demitido quando o negócio foi reestruturado.
"Nós recebemos alegações como esta seriamente e as examinamos quando chegam até nós", disse ele. "A investigação não encontrou nada que sugere que a empresa atuou indevidamente."
O Walmart se defenderá vigorosamente contra as acusações, acrescentou Hargrove.
O varejista gastou bilhões de dólares nos últimos anos para competir com a Amazon, inclusive com a compra da Jet.com em 2016, e no mês passado disse que as vendas trimestrais online, incluindo as vendas nas festas de dezembro, aumentaram em 23 por cento.
Mas as vendas da Amazon na América do Norte cresceram 40 por cento no mesmo trimestre, e os analistas disseram que a guerra de preços pesou nas margens do Walmart.