CNPC: Liao ocupou as posições de assistente da direção, subdiretor e diretor-geral (Benoit Tessier/File Photo/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 10h04.
Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 10h04.
Pequim - Liao Yongyuan, antigo diretor-geral da maior companhia petrolífera da China, CNPC, foi sentenciado nesta quinta-feira a 15 anos de prisão por aceitar propina e acumular grandes somas de dinheiro de origem irregular, informou a agência oficial "Xinhua".
Liao, de 54 anos, foi julgado por um tribunal de Dezhou, na província de Shandong, no leste do país, que também lhe impôs uma multa de 1,5 milhão de iuanes (US$ 220 mil) e ordenou que todos os recursos de origem não justificada que acumulou sejam devolvidos ao Estado.
O tribunal concluiu que, entre 1997 e 2014, o condenado se aproveitou dos diferentes cargos que ocupou para influenciar em promoções profissionais e para ajudar várias empresas a realizarem negócios vantajosos em troca de propina em dinheiro e presentes no valor de 13,4 milhões de iuanes (US$ 2 milhões).
Liao, que na CNPC ocupou as posições de assistente da direção, subdiretor e diretor-geral entre 2004 e 2015, não conseguiu justificar a origem de bens no valor de 21 milhões de iuanes (US$ 3 milhões).
O tribunal disse que tinha optado por uma sentença "indulgente" contra o acusado, já que este mostrou arrependimento no processo e devolveu os recursos ilegais.
O envolvimento de Liao em casos de corrupção era conhecido desde que ele foi expulso do Partido Comunista da China em junho de 2015, poucos dias depois que outro ex-magnata do setor petroleiro do país, o também antigo ministro da Segurança Pública Zhou Yongkang, foi condenado à prisão perpétua por conduta fraudulenta.
Além disso, Zhou foi o principal responsável da CNPC, firma também conhecida como Petrochina. Outros altos cargos chineses ligados ao negócio do petróleo também foram julgados nos últimos anos na campanha anticorrupção liderada pelo presidente Xi Jinping.