Investimento: o fundo de hedge macro se concentra em mercados desenvolvidos e emergentes (Gary Cameron/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2017 às 17h55.
Londres - Antoine Estier, ex-diretor de investimentos da unidade de hedge funds do Grupo BTG Pactual, captou US$ 750 milhões para sua própria empresa, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto, na medida em que investidores começam a apostar novamente em gestores de dinheiro com um histórico comprovado de performance.
Estier conta com apoio de um fundo soberano e de sua empresa Amia Capital, que começou a operar no dia 1 de junho, disse a pessoa, pedindo para não ser identificada porque a informação é privada.
O fundo de hedge macro se concentra em mercados desenvolvidos e emergentes e inicialmente planejava levantar US$ 500 milhões. Estier não quis comentar.
O gestor de dinheiro está se beneficiando de um ressurgimento de interesse em operadores macro uma vez que a perspectiva de novos aumentos da taxa de juros do Federal Reserve ajuda a criar oportunidades de lucro.
Enquanto alguns dos nomes mais conhecidos da indústria, como Brevan Howard Asset Management e Caxton perderam dinheiro, os investidores alocaram US$ 9,4 bilhões a fundos de hedge macro no primeiro semestre do ano, o maior valor levantado em qualquer estratégia, de acordo com a IndustryStock.
Estier já gerenciou o Fundo BTG Pactual GEMM, que retornou 16% em uma base anualizada desde o início de 2009 até janeiro do ano passado.
Ele saiu da empresa no ano passado, quando o BTG reduziu as operações da unidade de hedge funds e os ativos perderam valor após o fundador do bancoo de investimentos Andre Esteves foi preso em conexão com a Lava Jato. Esteves, que foi liberado mais tarde, negou qualquer irregularidade.
Estier começou Amia, com sede em Londres, com ex-colegas do BTG Alex Garrard, Marat Djafarov e Igor Hordiyevych. É uma das maiores startups de fundos de hedge na Europa deste ano.