Ex-diretor da Petrobras nega envolvimento em irregularidades
Renato Duque foi um dos presos na última sexta-feira no âmbito da Operação Lava Jato

Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 19h57.
São Paulo - O ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras Renato Duque negou em depoimento prestado à Polícia Federal nesta segunda-feira envolvimento com o suposto esquema de corrupção na estatal, informou a assessoria de imprensa do ex-executivo.
Ao lado de executivos de empreiteiras, Duque foi um dos presos na última sexta-feira no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga denúncias de desvio de recursos da Petrobras.
Segundo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em uma fase anterior da Lava Jato e que posteriormente deixou a prisão em um processo de delação premiada, empreiteiras formariam um cartel para concorrer às obras da estatal e parte do sobrepreço pago pela empresa seria repassado a partidos políticos, como PT, PP e PMDB.
Duque afirmou em depoimento desconhecer a existência de cartel entre os fornecedores da Petrobras e disse que as licitações feitas durante o período em que atuou como diretor eram pautadas por "critérios técnicos".
De acordo com a assessoria de imprensa do ex-executivo, ele também "negou qualquer participação em práticas criminosas, envolvendo fornecedores da empresa. Ele afirmou não ter conta no exterior".
"Duque se colocou à disposição para qualquer esclarecimento solicitado pelas autoridades", afirma a nota da assessoria do ex-diretor.

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Segundo dados da consultoria Economática, a estatal perdeu 12 bilhões de reais no mês passado na bolsa brasileira, período no qual o Ibovespa recuou 1,14%. Boa parte da queda é atribuída aos maus resultados de 2013 apresentados pela empresa.
No final de fevereiro, o valor de mercado da estatal era de 172,8 bilhões de reais.

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A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.

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A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.

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11 /11(AGÊNCIA BRASIL)