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Ex-diretor da PDVSA admite nos EUA ter participado de esquema de corrupção

De León Pérez admitiu ter utilizado cargo para pedir propinas entre 2011 e 2013, atuando com outros ex-funcionários da empresa e do governo venezuelano

PDVSA: processo faz parte de investigação do Departamento de Justiça para descobrir se empresários americanos pagaram propinas para diretores da petrolífera venezuelana (Wilfredor/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

PDVSA: processo faz parte de investigação do Departamento de Justiça para descobrir se empresários americanos pagaram propinas para diretores da petrolífera venezuelana (Wilfredor/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 16 de julho de 2018 às 19h19.

Washington - Ex-diretor de Finanças da Eletricidade Caracas, filial da estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA), Luis Carlos de Léon Pérez admitiu nesta segunda-feira à Justiça dos Estados Unidos que participou de um esquema de corrupção destinado à cobrança de propina e à lavagem de dinheiro.

Extraditado pela Espanha para os EUA em fevereiro, De León Pérez assinou a confissão em um tribunal federal do distrito sul do Texas, informou o Departamento de Justiça em comunicado.

O ex-diretor, de 42 anos, admitiu ter utilizado o cargo na PDVSA para pedir propinas entre 2011 e 2013. E revelou ter atuado com outros ex-funcionários da empresa e do governo, como o ex-vice-ministro de Energia da Venezuela Nervis Gerardo Villalobos.

De León Pérez disse ter pedido propinas a dois empresários próximos ao general venezuelano Hugo Carvajal, um homem de confiança do ex-presidente Hugo Chávez. O militar foi preso em Aruba em 2014, mas as autoridades da Holanda negaram os pedidos de extradição dos EUA, que o acusam de ter ligação com o narcotráfico e com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O processo contra De León Pérez faz parte de uma investigação do Departamento de Justiça para descobrir se empresários americanos pagaram propinas para diretores da petrolífera venezuelana.

Segundo a imprensa americana, essa investigação tem como alvos algumas figuras do alto escalão da política venezuelana, como o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello.

O Departamento de Justiça não revelou os alvos do processo.

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