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Ex-diretor da Embraer se declara culpado de corrupção nos EUA

Colin Steven se declarou culpado de ter subornado autoridades estrangeiras no âmbito da assinatura de um contrato

Embraer: entre 2008 e 2009 foram pagos subornos no valor de 1,65 milhão de dólares a uma autoridade saudita (Matthew Lloyd/Bloomberg)

Embraer: entre 2008 e 2009 foram pagos subornos no valor de 1,65 milhão de dólares a uma autoridade saudita (Matthew Lloyd/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 20h46.

Um ex-diretor da fabricante brasileira de aviões Embraer se declarou culpado nesta quinta-feira (21) ante um tribunal americano de um caso de corrupção relativo a um contrato com a Arábia saudita, informaram fontes judiciais.

Colin Steven, cidadão britânico de 61 anos, foi acusado de violar lei americana contra a corrupção (FCPA) e se declarou culpado perante um juiz de uma corte de Nova York de ter subornado autoridades estrangeiras no âmbito da assinatura de um contrato.

O mesmo se referia à venda de três aviões de empresas à sociedade petrolífera saudita pública Aramco por 93 milhões de dólares em 2010.

A pena que Steven receberá será anunciada mais adiante, informou o departamento de Justiça em um comunicado, sem precisar a data.

Este tema se enquadra na multa de 205 milhões de dólares paga em outubro de 2016 pela Embraer por ter pago propinas para obter contratos na Arábia Saudita e Índia.

Entre 2008 e 2009 foram pagos subornos no valor de 1,65 milhão de dólares a uma autoridade saudita, enquanto outros pagamentos totalizando 5,7 milhões de dólares foram efetuados na Índia com relação a uma venda de aeronaves militares.

Segundo informaram na ocasião as autoridades americanas, também foram feitos pagamentos ilícitos na República Dominicana e em Moçambique.

A lei FCPA permite às autoridades americanas sancionar sancionar as empresas ou ativos nos Estados Unidos que se declaram culpados de corrupção em qualquer parte do mundo.

O anúncio do departamento de Justiça americano ocorre no mesmo dia em que a Embraer e a gigante americana Boeing confirmaram que negociam uma aliança empresarial.

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