Ex-chefe da Volkswagen recebeu e-mails sobre fraude em 2014
A Volkswagen, que estava em vias de se tornar a primeira fabricante mundial de automóveis, admitiu ter adulterado 11 milhões de veículos a diesel no mundo
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2016 às 16h45.
A Volkswagen revelou que seu ex-presidente Martin Winterkorn recebeu em maio de 2014, mais de um ano antes de ter estourado o escândalo dos motores adulterados, um relatório que o deixava ciente das suspeitas sobre o caso, embora não se saiba se ele leu o documento.
A empresa, considerada até este momento um modelo de virtudes da indústria alemã, também afirma, em um comunicado emitido na noite de quarta-feira, que nenhum de seus diretores pode ter tomado consciência da dimensão do caso até as revelações que o trouxeram à tona em setembro de 2015.
A Volkswagen (VW), que estava em vias de se tornar a maior fabricante mundial de automóveis, admitiu ter adulterado 11 milhões de veículos a diesel no mundo, com o objetivo de burlar as medições de suas emissões poluentes.
No comunicado divulgado em sua página página internet, a VW indica que em 23 de maio de 2014 Winterkorn recebeu um relatório relacionado com um estudo do International Council on Clean Transportation (ICCT), uma ONG com sede nos Estados Unidos, que mencionava discrepâncias em medições de emissões dos motores a diesel.
"Não há certeza se Winterkorn prestou atenção ao recebê-lo em meio ao volumoso número de mensagens enviadas durante o fim de semana", afirma a VW nas conclusões preliminares de sua investigação interna, que será publicada no mês que vem.
As conclusões do ICCT serviram de base às acusações feitas em setembro de 2015 contra a fabricante alemã pela Junta de Recursos do Air da Califórnia (CARB, na sigla em inglês).
Winterkorn, que se veria obrigado a renunciar poucos meses depois do escândalo, sempre se declarou inocente.
Segundo a VW, o executivo recebeu outro relatório em novembro de 2014, sobre o que a empresa chama de "o problema do diesel".
"De acordo com o que sabemos até agora, o problema do diesel foi tratado como um dos numerosos problemas com produtos enfrentados pela companhia e inicialmente não se prestou uma atenção especial", esclarece o comunicado.
A descoberta das fraudes das emissões pode custar bilhões de dólares à VW, sobretudo nos Estados Unidos e na Alemanha . Suas ações de Bolsa de Frankfurt estão em queda desde setembro do ano passado.
Denúncia coletiva, "carente de fundamento"
Os denunciantes acusam o grupo proprietário de doze marcas de veículos de ter violado as regras de transparência do mercado, assegurando que a empresa sabia das fraudes muito antes de elas virem à tona.
A VW rejeitou essas acusações, afirmando que "após um exame atento (do caso) por seus assessores internos e externos, a companhia ratifica sua convicção de que seu conselho de administração cumpriu devidamente suas obrigações de divulgação a respeito das normativas do mercado de capitais da Alemanha".
A empresa "lamenta profundamente os incidentes relacionados com o problema do diesel", mas considera "carente de fundamento" uma denúncia coletiva apresentada por acionistas alemães.
"Até o anúncio das violações às regulações ambientais dos Estados Unidos", no dia 18 de setembro, "não havia indício algum de informações relevantes para o mercado de valores".
A Volkswagen revelou que seu ex-presidente Martin Winterkorn recebeu em maio de 2014, mais de um ano antes de ter estourado o escândalo dos motores adulterados, um relatório que o deixava ciente das suspeitas sobre o caso, embora não se saiba se ele leu o documento.
A empresa, considerada até este momento um modelo de virtudes da indústria alemã, também afirma, em um comunicado emitido na noite de quarta-feira, que nenhum de seus diretores pode ter tomado consciência da dimensão do caso até as revelações que o trouxeram à tona em setembro de 2015.
A Volkswagen (VW), que estava em vias de se tornar a maior fabricante mundial de automóveis, admitiu ter adulterado 11 milhões de veículos a diesel no mundo, com o objetivo de burlar as medições de suas emissões poluentes.
No comunicado divulgado em sua página página internet, a VW indica que em 23 de maio de 2014 Winterkorn recebeu um relatório relacionado com um estudo do International Council on Clean Transportation (ICCT), uma ONG com sede nos Estados Unidos, que mencionava discrepâncias em medições de emissões dos motores a diesel.
"Não há certeza se Winterkorn prestou atenção ao recebê-lo em meio ao volumoso número de mensagens enviadas durante o fim de semana", afirma a VW nas conclusões preliminares de sua investigação interna, que será publicada no mês que vem.
As conclusões do ICCT serviram de base às acusações feitas em setembro de 2015 contra a fabricante alemã pela Junta de Recursos do Air da Califórnia (CARB, na sigla em inglês).
Winterkorn, que se veria obrigado a renunciar poucos meses depois do escândalo, sempre se declarou inocente.
Segundo a VW, o executivo recebeu outro relatório em novembro de 2014, sobre o que a empresa chama de "o problema do diesel".
"De acordo com o que sabemos até agora, o problema do diesel foi tratado como um dos numerosos problemas com produtos enfrentados pela companhia e inicialmente não se prestou uma atenção especial", esclarece o comunicado.
A descoberta das fraudes das emissões pode custar bilhões de dólares à VW, sobretudo nos Estados Unidos e na Alemanha . Suas ações de Bolsa de Frankfurt estão em queda desde setembro do ano passado.
Denúncia coletiva, "carente de fundamento"
Os denunciantes acusam o grupo proprietário de doze marcas de veículos de ter violado as regras de transparência do mercado, assegurando que a empresa sabia das fraudes muito antes de elas virem à tona.
A VW rejeitou essas acusações, afirmando que "após um exame atento (do caso) por seus assessores internos e externos, a companhia ratifica sua convicção de que seu conselho de administração cumpriu devidamente suas obrigações de divulgação a respeito das normativas do mercado de capitais da Alemanha".
A empresa "lamenta profundamente os incidentes relacionados com o problema do diesel", mas considera "carente de fundamento" uma denúncia coletiva apresentada por acionistas alemães.
"Até o anúncio das violações às regulações ambientais dos Estados Unidos", no dia 18 de setembro, "não havia indício algum de informações relevantes para o mercado de valores".