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Ex-CEO da Xstrata estuda oferta por negócio da Vale

Mick Davis está considerando uma oferta pelo negócio de níquel da mineradora brasileira

Vale: o negócio de níquel da mineradora é avaliado em um valor de US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões (Yusuf Ahmad/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 13h36.

Londres - O ex-CEO da Xstrata Plc, Mick Davis, que tornou a Xstrata uma das maiores empresas de mineração do mundo, está considerando uma oferta pelo negócio de níquel da Vale , maior produtora do mundo, de acordo com pessoas com conhecimento da situação.

O veículo de investimento de Davis, a X2 Resources, avaliou o negócio de níquel da Vale em US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões, disseram duas das fontes, que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas.

Ainda não houve nenhuma negociação formal entre a X2 e a Vale a respeito dos ativos, disseram elas.

A X2 levantou cerca de US$ 4,8 bilhões entre investidores em ações, incluindo a maior trader de matérias-primas da Ásia, a Noble Group Ltd., o fundo de private-equity TPG Capital e fundos soberanos e de pensão, com o objetivo de criar uma empresa mineradora de nível intermediário.

A empresa vem caçando ativos para compra entre as maiores mineradoras do mundo, como Vale, BHP Billiton Ltd. e Anglo American Plc.

A Vale, que também é líder mundial na produção de minério de ferro, já disse que poderá tentar levantar dinheiro vendendo alguns ativos.

Produção de níquel

A empresa com sede no Rio de Janeiro está estudando a venda de uma participação minoritária em sua unidade produtora de metais, avaliada pela empresa em até US$ 35 bilhões, em uma oferta pública inicial, disse o diretor financeiro, Luciano Siani, no dia 2 de dezembro. A unidade engloba o cobre e o níquel.

A X2 Resources preferiu não comentar e a Vale disse que não havia recebido nenhuma oferta, nem mantido conversações com a X2 a respeito de seus ativos de níquel.

A produção de níquel da Vale subirá para 303.000 toneladas neste ano e o cobre tem previsão de subir para 449.000 toneladas, disse a empresa no mês passado. Sua unidade de metais de base é o maior negócio da empresa depois do minério de ferro.

A empresa brasileira produziu 201.400 toneladas de níquel, um metal usado no aço inoxidável, nos nove primeiros meses de 2014, superando a OAO GMK Norilsk Nickel, do bilionário russo Vladimir Potanin, como produtora número 1 do metal.

A produção da Norilsk nesses nove meses caiu 5,6 por cento, para 199.800 toneladas, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Meta de lucros

A divisão de metais de base da Vale está mirando US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões em lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização neste ano, contra US$ 600 milhões em 2012, com a melhora das operações e o aumento da produção.

Desde que venceu a batalha para aquisição da Inco Ltd., em 2006, a empresa enfrentou uma série de contratempos, inclusive greves no Canadá, problemas operacionais em plantas no Brasil e um derramamento de ácido na Nova Caledônia.

A mineradora poderá gerar até US$ 10 bilhões de caixa com os potenciais desinvestimentos, o que incluiria a venda de uma participação minoritária no negócio de metais de base, 15 grandes navios e ativos no ramo de fertilizantes, disse Siani no mês passado.

Davis, 56, nascido na África do Sul, está tentando repetir seu sucesso na Xstrata, onde liderou a equipe de gestão que fez com que a produtora de carvão deixasse de ser uma empresa com uma capitalização de mercado de US$ 500 milhões para se tornar uma companhia avaliada em US$ 50 bilhões após uma década de fusões, aquisições e expansões.

Se a X2 formalizar uma oferta, não será a primeira vez que Davis mira grandes ativos do setor de níquel. Como CEO da Xstrata, ele concluiu uma aquisição hostil de US$ 18 bilhões da produtora de níquel canadense Falconbridge Ltd. em 2006.

A Falconbridge e a Inco eram duas das maiores mineradoras do Canadá na época, com áreas de mineração adjacentes em Ontário.

A Vale comprou a Inco em um negócio de US$ 18,2 bilhões. A aquisição foi liderada pelo atual CEO, Murilo Ferreira, que na época era chefe de metais de base da empresa.

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Londres - O ex-CEO da Xstrata Plc, Mick Davis, que tornou a Xstrata uma das maiores empresas de mineração do mundo, está considerando uma oferta pelo negócio de níquel da Vale , maior produtora do mundo, de acordo com pessoas com conhecimento da situação.

O veículo de investimento de Davis, a X2 Resources, avaliou o negócio de níquel da Vale em US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões, disseram duas das fontes, que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas.

Ainda não houve nenhuma negociação formal entre a X2 e a Vale a respeito dos ativos, disseram elas.

A X2 levantou cerca de US$ 4,8 bilhões entre investidores em ações, incluindo a maior trader de matérias-primas da Ásia, a Noble Group Ltd., o fundo de private-equity TPG Capital e fundos soberanos e de pensão, com o objetivo de criar uma empresa mineradora de nível intermediário.

A empresa vem caçando ativos para compra entre as maiores mineradoras do mundo, como Vale, BHP Billiton Ltd. e Anglo American Plc.

A Vale, que também é líder mundial na produção de minério de ferro, já disse que poderá tentar levantar dinheiro vendendo alguns ativos.

Produção de níquel

A empresa com sede no Rio de Janeiro está estudando a venda de uma participação minoritária em sua unidade produtora de metais, avaliada pela empresa em até US$ 35 bilhões, em uma oferta pública inicial, disse o diretor financeiro, Luciano Siani, no dia 2 de dezembro. A unidade engloba o cobre e o níquel.

A X2 Resources preferiu não comentar e a Vale disse que não havia recebido nenhuma oferta, nem mantido conversações com a X2 a respeito de seus ativos de níquel.

A produção de níquel da Vale subirá para 303.000 toneladas neste ano e o cobre tem previsão de subir para 449.000 toneladas, disse a empresa no mês passado. Sua unidade de metais de base é o maior negócio da empresa depois do minério de ferro.

A empresa brasileira produziu 201.400 toneladas de níquel, um metal usado no aço inoxidável, nos nove primeiros meses de 2014, superando a OAO GMK Norilsk Nickel, do bilionário russo Vladimir Potanin, como produtora número 1 do metal.

A produção da Norilsk nesses nove meses caiu 5,6 por cento, para 199.800 toneladas, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Meta de lucros

A divisão de metais de base da Vale está mirando US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões em lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização neste ano, contra US$ 600 milhões em 2012, com a melhora das operações e o aumento da produção.

Desde que venceu a batalha para aquisição da Inco Ltd., em 2006, a empresa enfrentou uma série de contratempos, inclusive greves no Canadá, problemas operacionais em plantas no Brasil e um derramamento de ácido na Nova Caledônia.

A mineradora poderá gerar até US$ 10 bilhões de caixa com os potenciais desinvestimentos, o que incluiria a venda de uma participação minoritária no negócio de metais de base, 15 grandes navios e ativos no ramo de fertilizantes, disse Siani no mês passado.

Davis, 56, nascido na África do Sul, está tentando repetir seu sucesso na Xstrata, onde liderou a equipe de gestão que fez com que a produtora de carvão deixasse de ser uma empresa com uma capitalização de mercado de US$ 500 milhões para se tornar uma companhia avaliada em US$ 50 bilhões após uma década de fusões, aquisições e expansões.

Se a X2 formalizar uma oferta, não será a primeira vez que Davis mira grandes ativos do setor de níquel. Como CEO da Xstrata, ele concluiu uma aquisição hostil de US$ 18 bilhões da produtora de níquel canadense Falconbridge Ltd. em 2006.

A Falconbridge e a Inco eram duas das maiores mineradoras do Canadá na época, com áreas de mineração adjacentes em Ontário.

A Vale comprou a Inco em um negócio de US$ 18,2 bilhões. A aquisição foi liderada pelo atual CEO, Murilo Ferreira, que na época era chefe de metais de base da empresa.

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