Avião Super Tucano, da Embraer: Schneider ingressou na Embraer em meados de 2011, depois de uma carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 08h34.
São Paulo - O presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz Aguiar, deixará o comando da companhia em março de 2014, informou a Embraer, em comunicado. O executivo será substituído pelo atual vice-presidente de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Embraer, Jackson Schneider.
Aguiar entrou na Embraer como presidente do Conselho de Administração em abril de 2004, indicado pela Previ. Ele se tornou executivo da empresa em 2006, passando pelos cargos de vice-presidente de Defesa e Governo e vice-presidente financeiro de relações com investidores. Aguiar participou do processo de criação de EDS, em 2011, e preside a empresa desde então. A renúncia foi motivada por razões pessoais e ele já prepara a sua saída há cerca de um ano, disseram fontes próximas à empresa.
Schneider ingressou na Embraer em meados de 2011, depois de uma carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz e de ocupar a presidência da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) entre 2007 e 2010. Ele chega para o comando da empresa com experiência em negociações com governos, uma habilidade importante na área de defesa, que tem como principais clientes as forças armadas de diversos países. A companhia informou, em comunicado, que passará por um período de transição até o fim de fevereiro.
Além da troca no comando da EDS, a companhia também anunciou que o mandato do atual vice-presidente do Negócio de Aviação Executiva, Ernest Joseph Edwards, será encerrado antecipadamente em 31 de dezembro. Ele será substituído pelo vice-presidente de operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Pellegrini.
Defesa
A divisão de defesa e segurança é a área da Embraer que mais cresce nos últimos anos. A EDS superou a marca de US$ 1 bilhão de faturamento em 2012, quando registrou um crescimento de 24%. No ano passado, a área representou 17% da receita total da Embraer, atrás ainda das divisões de aviação comercial e executiva.
A expectativa da empresa é de que a unidade continue a crescer expressivamente nos próximos anos. Em março, Aguiar disse em encontro com a imprensa que a companhia deveria crescer em média 12% ao ano até 2020.
No próximo ano, espera-se que a Força Aérea Brasileira (FAB) assine um pedido firme pelo primeiro avião militar de carga da Embraer, o KC-390. A empresa investiu US$ 2 bilhões no desenvolvimento do avião que competirá com o Hercules, da Lockheed Martin.
O cargueiro militar é uma aposta da empresa para um mercado que, segundo estimativas da Embraer, deve demandar cerca de 700 aeronaves nos próximos dez anos em transações que podem somar US$ 50 bilhões. Colaboração de Roberto Godoy. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.