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Ex-acionistas da Dudalina compram fatia da Karsten

Com investimento de R$ 35 milhões, eles passam a deter uma fatia de 42,5% na centenária fabricante de cama, mesa e banho


	Karsten: a compra da Karsten foi feita por meio de um aumento de capital
 (Divulgação)

Karsten: a compra da Karsten foi feita por meio de um aumento de capital (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 09h14.

São Paulo - Os irmãos Armando e Rui Hess de Souza, antigos acionistas da Dudalina, voltaram à indústria têxtil nesta semana. Com investimento de R$ 35 milhões, eles passam a deter uma fatia de 42,5% na Karsten, centenária fabricante de cama, mesa e banho e conterrânea da Dudalina, com sede em Blumenau (SC). A aquisição ocorre menos de um ano após a família Hess de Souza vender a Dudalina aos fundos Advent e Warbug Pincus.

A compra da Karsten foi feita por meio de um aumento de capital, que contou com o aporte de R$ 35 milhões da holding Amar e mais R$ 5 milhões da família Karsten. Além de Armando e Rui, a Amar tem como acionistas Márcio Luiz Bertoldi e Alvin Rauh Neto - o nome da holding é a inicial do nome de cada um deles.

A Amar e a família Karsten passaram a dividir igualitariamente o controle da empresa, com 85% do capital. Os outros 15% da companhia estão em circulação no mercado.

"A Dudalina era uma fábrica e fizemos dela uma empresa voltada ao varejo. Podemos fazer o mesmo com a Karsten, transformando a companhia em uma gestora de marcas de cama, mesa, banho e decoração", disse Armando ao jornal O Estado de S. Paulo.

A venda da Karsten aos irmãos Hess e seus sócios evitou que a companhia seguisse o destino de concorrentes como Teka e Buettner, que estão em recuperação judicial.

Com dívidas de cerca de R$ 200 milhões, a Karsten passava por uma crise financeira há anos e vinha enfrentando dificuldade de gerar caixa, disse uma fonte do setor, afirmando que a companhia também estava sendo sondada por investidores chineses.

Assim como na concorrência, o drama da Karsten começou em 2005, quando o dólar se desvalorizou ante o real. Na época, a empresa exportava cerca de 65% da produção.

"O mercado externo se fechou para a empresa no ano seguinte e ela ficou com excesso de capacidade e foi se deteriorando aos poucos", lembra o presidente do Sintex, o sindicato da indústria têxtil da região de Blumenau, Ulrich Kuhn.

Mudanças

Além de fôlego financeiro, a companhia deverá passar por um choque de gestão. A entrada dos novos acionistas provocou um rearranjo entre os executivos.

O então presidente Alvin Rauh Neto será diretor comercial. Armando Hess de Souza assume a presidência e seu irmão Rui será diretor de marketing e varejo. Bertoldi será diretor financeiro e de relações com investidores.

Uma das primeiras providências sob a nova gestão será reposicionar as marcas da companhia (Trussardi, Karsten e Casa In) no mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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