EUA tentará extradição de executiva da Huawei do Canadá
Meng, filha do fundador de Huawei, foi detida em Vancouver a pedido dos Estados Unidos, onde é acusada de violar as sanções americanas ao Irã
AFP
Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 06h34.
Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 06h48.
Os Estados Unidos confirmaram nesta terça-feira que planejam pedir a extradição da diretora de finanças do grupo chinês de telecomunicações Huawei , detida no Canadá a pedido de Washington, antes da data limite de 30 de janeiro.
"Continuaremos perseguindo a extradição da acusada Sra. Meng Wanzhou e cumpriremos com todos os prazos estabelecidos no Tratado de Extradição entre Estados Unidos e Canadá", revelou o porta-voz do departamento de Justiça, Marc Raimondi.
Meng, filha do fundador de Huawei, foi detida no aeroporto de Vancouver em 1º de dezembro a pedido dos Estados Unidos, onde é acusada de violar as sanções americanas ao Irã.
A executiva foi libertada sob fiança (7,5 milhões de dólares) e aguarda a audiência sobre sua extradição.
Segundo o acordo entre os dois países, os Estados Unidos têm 60 dias após a detenção para realizar o pedido de extradição, e o ministério da Justiça canadense tem 30 dias para iniciar os procedimentos oficiais de extradição, mas o processo pode levar meses ou anos.
A detenção de Meng provocou uma crise diplomática entre Ottawa e Pequim.
Desde então, dois canadenses foram detidos na China por motivos de segurança nacional, no que foi considerado uma represália.
Neste mês, um tribunal chinês condenou à morte um canadense por tráfico de drogas ao julgar um recurso, revendo a pena inicial de 15 anos de prisão.