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EUA prende dois acusados de ajudar na fuga de Carlos Ghosn do Japão

Um deles estava partindo para Beirute, no Líbano, onde vive atualmente o brasileiro que liderava o conglomerado Renault-Nissan

Carlos Ghosn, em coletiva de imprensa no Líbano, após fuga do Japão (Hasan Shaaban/Bloomberg/Getty Images)

Carlos Ghosn, em coletiva de imprensa no Líbano, após fuga do Japão (Hasan Shaaban/Bloomberg/Getty Images)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 20 de maio de 2020 às 13h30.

Última atualização em 20 de maio de 2020 às 13h58.

A Justiça dos Estados Unidos prendeu dois homens acusados de ajudar o executivo Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan, a fugir do Japão no final do ano passado.

Segundo reportagem do Financial Times, Michael Taylor e seu filho, Peter Taylor, são procurados pelas autoridades japonesas por supostamente ajudar na fuga de Ghosn para o Líbano em dezembro do ano passado. Ele estava no Japão, sob fiança, aguardando julgamento por acusações de crimes financeiros.

Os elementos da fuga do executivo mais se assemelham a um roteiro de Hollywood. Um avião particular transportando um fugitivo, uso de vários passaportes e pessoas poderosas negando qualquer conhecimento sobre o caso.

Aliás, Ghosn contratou um agente para negociar cachê para uma possível produção sobre sua história.

Os dois homens foram presos nesta quarta-feira, 20, pouco antes de Peter Taylor viajar para Beirute, no Líbano, segundo documentos do tribunal. Ghosn reside, atualmente, na capital libanesa.

Pai e filho são procurados pelas autoridades japonesas, que inicialmente emitiram mandados de prisão para ambos em janeiro deste ano.

Ghosn é considerado por muitos peça-chave na recuperação da Nissan e é admirado na indústria automotiva. Chegou a carregar o título de “herói nacional” no Japão. No entanto, seus feitos não impediram sua prisão.

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