EUA confirmam acordo com UE que suspende disputa por Boeing e Airbus
Por meio do pacto, os dois lados concordaram em cancelar por cinco anos todas as tarifas autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) relativas ao caso
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de junho de 2021 às 09h27.
Última atualização em 15 de junho de 2021 às 09h28.
A representante comercial dos Estados Unidos , Katherine Tai, confirmou, nesta terça-feira, 15, o fechamento de um acordo que suspende a disputa comercial com a União Europeia (UE) por conta de subsídios à Boeing e à Airbus . Por meio do pacto, os dois lados concordaram em cancelar por cinco anos todas as tarifas autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) relativas ao caso.
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"O anúncio de hoje resolve um problema comercial de longa data na relação EUA-Europa. Em vez de lutar com um de nossos aliados mais próximos, estamos finalmente nos unindo contra uma ameaça comum", comemorou Tai, em conversa telefônica com repórteres.
A representante afirmou que o entendimento é importante para que americanos e europeus possam lidar com "desafios" impostos pelo avanço chinês.
"Concordamos em trabalhar juntos para desafiar e combater as práticas não mercantis da China neste setor de maneiras específicas que refletem nossos padrões de concorrência leal. Isso inclui colaboração em investimentos internos e externos e transferência de tecnologia", explicou.
O acordo representa uma solução temporária a uma disputa que se arrasta há 16 anos. Segundo Tai, as tarifas seguirão suspensas enquanto o apoio da UE à Airbus for consistente com os termos acordados. "Caso o apoio da UE ultrapasse a linha vermelha e os produtores dos EUA não sejam capazes de competir de forma justa e em igualdade de condições, os EUA mantêm a flexibilidade para reativar as tarifas que estão sendo suspensas", destacou.
O pacto acontece em meio à primeira viagem internacional do presidente dos EUA, Joe Biden, que está na Europa para reuniões com o G-7, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e demais parceiros, incluindo a UE. O democrata tenta revitalizar as relações com aliados tradicionais após quatro anos de isolacionismo de seu antecessor, Donald Trump. "Uma parceria renovada de comércio e investimento com a UE é uma das principais prioridades da administração", ressaltou Tai.
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