BOEING: American Airlines adia para depois de setembro a volta dos voos com o Boeing 737 Max / REUTERS/Lindsey Wasson/File Photo (Lindsey Wasson/File Photo/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de junho de 2021 às 09h27.
Última atualização em 15 de junho de 2021 às 09h28.
A representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, confirmou, nesta terça-feira, 15, o fechamento de um acordo que suspende a disputa comercial com a União Europeia (UE) por conta de subsídios à Boeing e à Airbus. Por meio do pacto, os dois lados concordaram em cancelar por cinco anos todas as tarifas autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) relativas ao caso.
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"O anúncio de hoje resolve um problema comercial de longa data na relação EUA-Europa. Em vez de lutar com um de nossos aliados mais próximos, estamos finalmente nos unindo contra uma ameaça comum", comemorou Tai, em conversa telefônica com repórteres.
A representante afirmou que o entendimento é importante para que americanos e europeus possam lidar com "desafios" impostos pelo avanço chinês.
"Concordamos em trabalhar juntos para desafiar e combater as práticas não mercantis da China neste setor de maneiras específicas que refletem nossos padrões de concorrência leal. Isso inclui colaboração em investimentos internos e externos e transferência de tecnologia", explicou.
O acordo representa uma solução temporária a uma disputa que se arrasta há 16 anos. Segundo Tai, as tarifas seguirão suspensas enquanto o apoio da UE à Airbus for consistente com os termos acordados. "Caso o apoio da UE ultrapasse a linha vermelha e os produtores dos EUA não sejam capazes de competir de forma justa e em igualdade de condições, os EUA mantêm a flexibilidade para reativar as tarifas que estão sendo suspensas", destacou.
O pacto acontece em meio à primeira viagem internacional do presidente dos EUA, Joe Biden, que está na Europa para reuniões com o G-7, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e demais parceiros, incluindo a UE. O democrata tenta revitalizar as relações com aliados tradicionais após quatro anos de isolacionismo de seu antecessor, Donald Trump. "Uma parceria renovada de comércio e investimento com a UE é uma das principais prioridades da administração", ressaltou Tai.
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