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Estaleiro Atlântico Sul fecha parceria com japoneses

Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa anunciaram parceria com o grupo japonês controlado pela Mitsui

Grupo Camargo Corrêa: as construtoras possuem cada uma 50% de participação no estaleiro (Germano Lüders)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 10h19.

Rio de Janeiro - A Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa anunciaram nesta quinta-feira parceria com o grupo japonês Ishikawajima-Harima Heavy Industries (IHI) no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco.

Mais cedo, fontes disseram à Reuters que a parceria havia sido firmada O contrato foi assinado com a IHI Marine United Inc.(IHIMU) - Divisão de Construção Naval Offshore da Ishikawajima-Harima Heavy Industries, sediada no Japão e controlada pelo grupo Mitsui.

O IHI, parceiro tecnológico do EAS, não terá participação acionária no estaleiro. Os valores do contrato não foram revelados.

"A IHIMU será o chamado consultant shipyard (estaleiro consultor) do EAS e prestará serviços de consultoria técnica de operações para todas as embarcações produzidas no EAS, incluindo drill ships (navios sondas)", afirma o comunicado.

As construtoras possuem cada uma 50 por cento de participação no estaleiro.

A parceria com o IHI é necessária porque o estaleiro precisa de um sócio que detenha a tecnologia de fabricação de sondas de perfuração encomendadas pela Petrobras, após a Samsung (o parceiro tecnológico) ter deixado a sociedade no início do ano.

A Petrobras contratou, via Sete Brasil (uma empresa intermediária), sete sondas de perfuração para serem construídas no EAS. Cada uma custa entre 600 e 800 milhões de dólares e precisam começar a ser entregues a partir de 2015.

O cumprimento dos prazos é essencial para que a Petrobras não atrase seu cronograma de exploração e produção de petróleo nos próximos anos.

O acordo com a IHI também é necessário para que o estaleiro consiga fornecer 22 navios encomendados pela Transpetro, subsidiária de logística da estatal.

O receio de descumprimento dos prazos junto à Petrobras levou o estaleiro a fechar um acordo de fornecimento de projeto de sondas junto à LMG Marine em parceria com a polonesa Remontowa, enquanto um sócio definitivo não entrava na sociedade.

Mas para participar de novas licitações junto à Petrobras, o EAS precisava de uma parceria tecnológica definitiva.

A Transpetro chegou a suspender a execução dos contratos de 16 dos 22 navios petroleiros encomendados ao estaleiro, um pacote de cerca de 7 bilhões de reais, com a possibilidade de rescisão definitiva desses contratos caso uma nova parceria em substituição à Samsung não fosse fechada até o fim de agosto.


As exigências da Transpetro não se limitam à aquisição de um parceiro tecnológico, tendo sido exigido também cronograma para a construção das embarcações.

Preocupações

As preocupações da Petrobras e da Transpetro com o EAS começaram quando a coreana Samsung, que detinha 6 por cento do estaleiro, saiu da sociedade no início do ano. A Samsung não chegou a transfereir a tecnologia para os sócios.

As relações entre os sócios brasileiros e os coreanos vinham piorando desde 2011, quando o navio João Cândido, encomendado pela Transpetro, apresentou falhas e teve sua entrega atrasada.

Os desentendimentos culminaram com a saída da Samsung do estaleiro no início do ano.

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Rio de Janeiro - A Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa anunciaram nesta quinta-feira parceria com o grupo japonês Ishikawajima-Harima Heavy Industries (IHI) no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco.

Mais cedo, fontes disseram à Reuters que a parceria havia sido firmada O contrato foi assinado com a IHI Marine United Inc.(IHIMU) - Divisão de Construção Naval Offshore da Ishikawajima-Harima Heavy Industries, sediada no Japão e controlada pelo grupo Mitsui.

O IHI, parceiro tecnológico do EAS, não terá participação acionária no estaleiro. Os valores do contrato não foram revelados.

"A IHIMU será o chamado consultant shipyard (estaleiro consultor) do EAS e prestará serviços de consultoria técnica de operações para todas as embarcações produzidas no EAS, incluindo drill ships (navios sondas)", afirma o comunicado.

As construtoras possuem cada uma 50 por cento de participação no estaleiro.

A parceria com o IHI é necessária porque o estaleiro precisa de um sócio que detenha a tecnologia de fabricação de sondas de perfuração encomendadas pela Petrobras, após a Samsung (o parceiro tecnológico) ter deixado a sociedade no início do ano.

A Petrobras contratou, via Sete Brasil (uma empresa intermediária), sete sondas de perfuração para serem construídas no EAS. Cada uma custa entre 600 e 800 milhões de dólares e precisam começar a ser entregues a partir de 2015.

O cumprimento dos prazos é essencial para que a Petrobras não atrase seu cronograma de exploração e produção de petróleo nos próximos anos.

O acordo com a IHI também é necessário para que o estaleiro consiga fornecer 22 navios encomendados pela Transpetro, subsidiária de logística da estatal.

O receio de descumprimento dos prazos junto à Petrobras levou o estaleiro a fechar um acordo de fornecimento de projeto de sondas junto à LMG Marine em parceria com a polonesa Remontowa, enquanto um sócio definitivo não entrava na sociedade.

Mas para participar de novas licitações junto à Petrobras, o EAS precisava de uma parceria tecnológica definitiva.

A Transpetro chegou a suspender a execução dos contratos de 16 dos 22 navios petroleiros encomendados ao estaleiro, um pacote de cerca de 7 bilhões de reais, com a possibilidade de rescisão definitiva desses contratos caso uma nova parceria em substituição à Samsung não fosse fechada até o fim de agosto.


As exigências da Transpetro não se limitam à aquisição de um parceiro tecnológico, tendo sido exigido também cronograma para a construção das embarcações.

Preocupações

As preocupações da Petrobras e da Transpetro com o EAS começaram quando a coreana Samsung, que detinha 6 por cento do estaleiro, saiu da sociedade no início do ano. A Samsung não chegou a transfereir a tecnologia para os sócios.

As relações entre os sócios brasileiros e os coreanos vinham piorando desde 2011, quando o navio João Cândido, encomendado pela Transpetro, apresentou falhas e teve sua entrega atrasada.

Os desentendimentos culminaram com a saída da Samsung do estaleiro no início do ano.

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