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Estácio vê crescimento em captações e analisa alvos de aquisição

Em discurso, presidente da companhia destacou o novo marco regulatório para abertura de polos de ensino à distância

Ações da Estácio Participações acumulam alta de quase 90 por cento desde que o Cade reprovou em junho a fusão com a Kroton (DILMAR CAVALHER/EXAME/Exame)

Ações da Estácio Participações acumulam alta de quase 90 por cento desde que o Cade reprovou em junho a fusão com a Kroton (DILMAR CAVALHER/EXAME/Exame)

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Reuters

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 09h19.

São Paulo - A Estácio Participações está otimista em relação às captações de alunos para o próximo ano, especialmente no segmento de educação à distância (EAD), disse o presidente da segunda maior empresa de ensino superior do país, Pedro Thomson.

"A captação tem crescido bastante em EAD e temos 131 novos polos a serem inaugurados entre o segundo semestre deste ano e o primeiro do ano que vem", afirmou o executivo, destacando o novo marco regulatório para abertura de polos de ensino à distância.

No fim de junho, o Ministério da Educação (MEC) alterou as regras para credenciamento de instituições e oferta de cursos, permitindo que as já credenciadas para o EAD criassem polos por ato próprio de acordo com o conceito institucional.

Além do crescimento orgânico, a Estácio também mira aquisições e atualmente está avaliando possíveis ativos no mercado. "Devemos priorizar áreas em que já nos destacamos em participação de mercado, mas ainda estamos em período de análise e não temos nenhum alvo específico", comentou Thomson. A companhia está sendo assessorada pelo BTG Pactual, que está mapeando as oportunidades no mercado, disse o executivo.

Questionado sobre a Uniasselvi, apontada nas últimas semanas por agentes do mercado como um dos ativos que potencialmente seriam disputados por empresas do setor, Thomson a classificou como um "grupo relevante" em EAD, mas evitou entrar em detalhes.

Com mais de 220 polos de ensino à distância espalhados em todas as regiões do país, a Uniasselvi foi vendida pela rival Kroton Educacional aos fundos Carlyle e Vinci Partners em outubro de 2015, como parte das exigências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovação da fusão com a Anhanguera.

"A Uniasselvi é uma empresa considerável e estamos olhando para todas elas, mas ainda é muito precoce", disse o presidente da Estácio.

Especificamente sobre o segmento presencial, Thomson espera que o PAR, o programa de parcelamento de mensalidades introduzido pela empresa em janeiro deste ano, deverá impulsionar o volume de rematrículas e responder por ao menos 10 por cento das captações de novos alunos em 2018.

"Não vejo mais o Fies como motor de crescimento, mas estou entuasiasmado com o PAR", comentou o executivo. O programa de financiamento estudantil do governo correspondeu a pouco menos de 7 por cento das captações da Estácio no primeiro semestre, mas ainda atendia a 36,6 por cento da base total de alunos no fim de junho.

Outro fator que deve corroborar os esforços de captação da Estácio no próximo ano é o aumento em 2017 do número de vendedores de cursos para quase 300, de 90 ao fim do ano passado. "Esses são investimentos de marketing que geram um retorno muito maior", disse Thomson.

As ações da Estácio Participações acumulam alta de quase 90 por cento desde que o Cade reprovou em junho a fusão com a Kroton.

"Ficamos um ano esperando a prerrogativa do Cade e a Estácio ficou desacreditada quando a fusão foi negada, mas conseguimos reverter isso", afirmou o presidente da companhia.

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