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Estácio analisa aquisições, mas foca em eficiência operacional

Segundo o presidente do grupo, mais de 100 iniciativas já foram mapeadas para melhorar o desempenho dos negócios até 2018

Estácio: o grupo tem previsão de abrir 161 polos EAD até o fim deste ano (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de julho de 2017 às 14h10.

Última atualização em 28 de julho de 2017 às 14h10.

São Paulo - A Estácio Participações está analisando oportunidades de aquisições de ativos, mas seguirá concentrada em crescer organicamente e em ganhar eficiência operacional, afirmou nesta sexta-feira o presidente do segundo maior grupo de educação superior do país, Pedro Thompson.

Antes focada na fusão com a Kroton Educacional, rejeitada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 28 de junho, a Estácio agora empenha esforços para elevar a lucratividade por meio de melhorias operacionais, em especial no segmento de ensino à distância (EAD), informou Thompson.

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"Temos diferenças estruturais de rentabilidade se comparado com outros participantes do setor e temos que melhorar muito a nossa capacidade de execução. Vamos continuar perseguindo a redução dessas diferenças e nosso foco primordial vai continuar sendo execução", destacou o executivo em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre.

Ele acrescentou que as medidas implementadas desde o ano passado geraram uma eficiência operacional de 217,7 milhões de reais no segundo trimestre e que a empresa já mapeou outras 100 iniciativas para melhorar o desempenho dos negócios até 2018.

A Estácio tem previsão de abrir até o fim deste ano 161 polos EAD, com base no novo marco regulatório, e já tem 10 novos campi aprovados pelo Ministério de Educação (MEC).

Às 12:36, as ações da companhia subiam mais de 5 por cento na bolsa paulista, a 18,14 reais, liderando os ganhos do Ibovespa, que exibia estabilidade. Na máxima do dia, os papéis da Estácio chegaram a subir 8,4 por cento.

"Devemos trazer novidades sobre nosso planejamento estratégico de longo prazo em meados de novembro", disse o presidente da Estácio. Ele ressaltou, contudo, que o cenário econômico segue desafiafor para os negócios, com restrição de crédito e dificuldades para controle da inadimplência e captação de novos estudantes.

A base de alunos da Estácio atingiu 539,9 mil ao fim de junho, alta de 0,9 por cento ante igual mês de 2016, conforme o crescimento de 10,3 por cento no segmento EAD compensou a queda de 3 por cento no presencial.

Enquanto isso, a taxa de retenção subiu para 87,9 por cento no ensino à distância para 93,6 por cento no presencial, de 80,7 por cento e 86,7 por cento, respectivamente, entre abril e junho do ano passado. Entre os esforços para reter estudantes, o executivo citou o programa próprio de financiamento da empresa, o PAR, lançado em janeiro deste ano.

Questionado por analistas sobre o Novo Fies, Thompson afirmou que ainda é prematuro discutir o impacto das novas regras do financiamento federal ao ensino superior privado neste momento. "Não quero falar ainda de Fies porque em julho ainda surgirão diversas portarias acessórias", afirmou.

No início de julho, o governo federal apresentou um novo formato para o Fies, criando três modalidades de financiamento estudantil e garantindo a oferta de pelo menos 300 mil novos contratos por ano, sendo 100 mil a juro zero, com possibilidade de desconto em folha de pagamento.

A Estácio teve lucro líquido de 166,3 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo de quase 20 milhões de reais em igual intervalo de 2016, com alta de 9,3 por cento na receita operacional líquida.

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