Nova York - A Starbucks Corp. nomeou o ex-CEO da Juniper Networks Inc., Kevin R. Johnson, como seu próximo diretor operacional, ressaltando o papel da tecnologia na rede de cafeterias e na inovação com pagamento móvel.
Johnson, 54, assumirá no dia 1º de março no lugar de Troy Alstead, que vai tirar um ano sabático, sem salário, conforme anunciado no início deste mês. Johnson, que é diretor da Starbucks desde 2009, continuará fazendo parte do conselho, mas deixará de ser membro de todos os comitês, disse a empresa com sede em Seattle na quinta-feira.
A decisão leva à Starbucks um executivo de tecnologia experiente, em uma época em que chegar aos clientes através dos celulares é uma parte central da estratégia da empresa. O CEO Howard Schultz disse na quinta-feira que cerca de 16 por cento das transações nas cafeterias da Starbucks dos EUA são realizadas através de aparelhos móveis.
O aplicativo da rede, que possibilita que os clientes paguem e ganhem recompensas por usar o leitor de código de barras do telefone, tem mais de 13 milhões de usuários ativos.
“A escolha reflete a convicção de Schultz de que as plataformas móveis e digitais vão conduzir o crescimento da empresa no futuro”, disse Asit Sharma, analista da Motley Fool em Raleigh, Carolina do Norte. “Johnson leva um profundo conhecimento tecnológico e da cadeia de fornecimento à diretoria da Starbucks”.
Johnson substituirá um executivo que começou a administrar as operações cotidianas no ano passado. Alstead, há 23 anos na rede de cafeterias, tinha sido amplamente mencionado como um possível sucessor do CEO.
Schultz disse em uma teleconferência na quinta-feira que vinha conversando com Johnson há algum tempo, independentemente da decisão de Alstead de tirar um ano de folga. Ele também minimizou a ideia de que a decisão faça parte de um plano de sucessão para o cargo de CEO.
Microsoft e Juniper
Johnson dirigiu a Juniper, fabricante de equipamentos de rede com sede em Sunnyvale, Califórnia, de 2008 a 2013. Antes, ele trabalhava na Microsoft Corp., desde 1992. Johnson se tornou presidente da unidade Windows, estandarte da empresa, e também da divisão de serviços on-line, que enfrentava dificuldades.
Ele também apoiou a tentativa malsucedida da Microsoft de comprar o Yahoo! Inc. em 2008, no intuito de criar um concorrente de peso para o Google Inc. no setor de buscas.
Johnson saiu da Microsoft quando o acordo com o Yahoo! desabou e assumiu o cargo de CEO na Juniper, a segunda maior fabricante de roteadores utilizados por empresas de telefonia.
Conhecido como um forte executivo de vendas e marketing, ele aprimorou o funcionamento da empresa, mas não conseguiu transformá-la em uma fornecedora importante de equipamentos de rede para compradores corporativos. As ações da Juniper caíram quase 20 por cento quando ele pediu demissão em julho de 2013, cinco anos depois de assumir o cargo.
A Starbucks, por sua vez, se tornou líder em tecnologia de pagamento. A empresa lançou no mês passado a opção de fazer pedidos através de aparelhos móveis nas cafeterias de Portland, Oregon, e pretende implementar esse serviço nos EUA inteiro.
A companhia também espera oferecer entregas em mercados selecionados no segundo semestre deste ano, seguindo um plano que Schultz chamou de “comércio eletrônico com esteroides”.
Ausência
Quando Alstead anunciou que tomaria uma licença para passar mais tempo com a família, apareceu a dúvida de se ele continuaria sendo o principal candidato para substituir Schultz. Alguns analistas especularam que ele ainda era o provável sucessor, apesar do ano de ausência.
Ainda é cedo para dizer que Johnson é um aparente herdeiro para o cargo de CEO da Starbucks, mas o anúncio realizado na quinta-feira demonstra que a empresa não está esperando a volta de Alstead, disse Peter Saleh, analista da Telsey Advisory Group em Nova York.
“Reluto em dizer que Troy não vai voltar, mas parece que não estão deixando o lugar dele vazio”, disse Saleh.
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1. Melhores e piores
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1/11 (Lucy Nicholson/Reuters)
São Paulo -
Elon Musk, fundador da Tesla e da Space X, foi eleito o melhor CEO de 2014, segundo
levantamento da Dartmouth's Tuck School of Business, elaborado por Sydney Finkelstein, especialista em
liderança e autor de diversos livros sobre o tema. Desde 2010, Finkelstein escolhe os melhores e piores CEOs e usa como critério o impacto das decisões de
gestão de cada um nas companhias que lideram. De acordo com o especialista, destacar, não só os melhores, os piores líderes é uma maneira de aprender com eles. "As pessoas também costumam aprender com erros", disse. Veja nas fotos quem foram os melhores e piores CEOs de 2014.
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2. 1 - Elon Musk (melhor)
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2/11 (Jordan Strauss/Getty Images)
Fundador da Tesla, montadora de carros elétricos, e da Space X, companhia de foguetes e equipamentos espaciais, Elon Musk foi eleito o melhor CEO de 2014. Para Finkelstein, 2014 foi um ano impressionante para empresário principalmente no que diz respeito a maneira como ele conduziu suas empresas. As ações da Tesla, por exemplo, cresceram 38% em 2014. Já a Space X fez uma série de viagens de sucesso para o espaço e ganhou contratos importantes do governo americano.
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3. 2 - Kevin Plank (melhor)
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3/11 (Getty Images)
Fundador da Under Armour, Kevin Plank também está entre os destaques de 2014. A companhia, que atua no mercado de vestuários, calçados e acessórios esportivos, viu suas ações crescerem quase 60% no ano. Segundo Finkelstein, a Nike precisa "ficar em alerta" com a Under Armour.
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4. 3 - Jack Ma (melhor)
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4/11 (Jewel Samad/AFP)
Jack Ma dispensa apresentações. Em 2014, ele comandou o bem sucedido IPO do Alibaba e se tornar o homem mais rico da China. O faturamento do Alibaba cresceu pelo menos 50% neste ano.
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5. 4 - John Martin (melhor)
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5/11 (Bloomberg)
No comando da farmacêutica Gilead Sciences desde 1996, John Martin tem executado muito bem a função de CEO e presidente do conselho da companhia. As ações da empresa se valorizaram mais de 40% neste ano e o faturamento deve dobrar na comparação com 2013.
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6. 5 - Andrew Wilson (melhor)
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6/11 (Reprodução)
Andrew Wilson é CEO da Electronic Arts, que já foi eleita uma das piores companhias dos Estados Unidos entre os anos de 2012 e 2013. Wilson, no entanto, conseguiu reverter esse cenário e fez com que as ações da desenvolvedora de jogos eletrônicos valorizassem quase 100% em 2014. "Incrível", descreveu Finkelstein.
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7. 1 - Ricardo Espírito Santo Silva Salgado (pior)
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7/11 (Bloomberg)
A razão de Ricardo Espírito Santo Silva Salgado ser eleito o pior CEO de 2014 é uma só: o empresário foi responsável por levar à falência o segundo maior banco de Portugal, o Banco Espírito Santo (BES). No primeiro semestre do ano, o BES registrou perdas de 4,5 bilhões de dólares. Para Finkelstein, o fato de Salgado estar envolvido nas acusações de fraude só corrobora o título de pior CEO do ano.
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8. 2 - Dov Charney (pior)
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8/11 (Keith Bedford/Bloomberg)
Fundador da varejista de moda American Apparel, Dov Charney foi demitido do cargo de CEO da própria companhia por má conduta neste ano. A demissão aconteceu depois da abertura de uma investigação sobre as atitudes do empresário dentro da companhia. Por essa razão, Charney foi eleito o segundo pior CEO de 2014.
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9. 3 - Philip Clarke (pior)
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9/11 (Darren Staples/Reuters)
A Tesco, maior rede de supermercados do Reino Unido, é investigada por fraudar números dos seus resultados financeiros e o nome de Philip Clarke, demitido em julho da varejista, está envolvido nas acusações. A empresa enfrenta uma das maiores crises de sua história, depois que Dave Lewis, novo presidente, descobriu uma diferença de 250 milhões de libras no lucro estimado do primeiro semestre.
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10. 4 - Eddie Lampert (pior)
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10/11 (REUTERS/Peter Morgan)
Depois de perder pelo menos meio bilhão de dólares neste ano, a Sears Holding, que detém diversas marcas de varejo nos Estados Unidos, tem também um dos piores CEOs do mundo - Eddie Lampert. Para Finkelstein, as estratégias de gestão do executivo falharam e a liderança arrogante foi uma das razões para o fracasso. Este é o segundo ano consecutivo que Lampert aparece na lista de piores CEOs.
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11. 5 - Dick Costolo (pior)
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11/11 (Justin Sullivan / Getty Images)
Dick Costolo é presidente do Twitter e o motivo para ele ser eleito um dos piores CEOs do mundo está atrelado ao preço das ações da companhia - que caiu mais de 40% em 2014. Segundo Finkelstein, o Twitter não está aproveitando seu potencial e cresceu lentamente no último ano.