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As 10 maiores ameaças para as empresas brasileiras em 2013

Pesquisa da Allianz Global Corporate & Specialty mostra os principais fatores de risco para empresas; catástrofes naturais estão no topo das listas global e nacional

Enchente em Xerém (RJ): em um dia, choveu 80% do esperado para o mês. Com mudanças climáticas, risco para empresas aumenta (Fotorepórter Vladimir Platonov/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 16h04.

São Paulo – O Barômetro do Risco, estudo da Allianz Global Corporate & Specialty, feito em 28 países, aponta as principais ameaças para as empresas nacionais, segundo especialistas em risco consultados. A preocupação com a falta de mão de obra – que sequer aparece no ranking global – é o sexto maior risco apontado pelo empresariado brasileiro em 2013.

Com a taxa de desemprego em 4,6% no Brasil, a falta de mão-de-obra já assusta os executivos do país. Somente na indústria , segundo dados da CNI, serão necessários 7,2 milhões de profissionais até 2015. No último trimestre de 2012, a falta de mão de obra no setor já havia inflacionado os salários dos profissionais em 10%.

Mas este não é o único risco. Confira outros fatores que podem atrapalhar os negócios das empresas no Brasil e no mundo - e que já estão preocupando muita gente.

Catástrofes naturais

A interrupção dos negócios, catástrofes naturais, incêndios e explosões ocupam os três primeiros lugares da lista brasileira e global, respectivamente. Por aqui, as catástrofes naturais mais temidas são as inundações. Drault Ernanny, vice-presidente da Allianz Global Corporate & Specialty, explica que ainda que o Brasil não sofra com furacões e terremotos, as mudanças climáticas têm aumentado a exposição ao risco.

“A incidência é menor que em outras regiões, mas a incidência desse tipo de evento é crescente no Brasil”, afirma. Segundo dados da seguradora Munich Re, no ano passado, os desastres naturais geraram gasto de 122 bilhões às seguradoras.

Na Ásia e nos países do Pacífico, as catástrofes naturais aparecem em primeiro lugar, como principal risco ao negócio das empresas.

Instabilidade legal

A despeito das declarações recentes da presidente da mineradora Anglo American, Cinthya Carroll, que afirmou que as leis no Brasil mudam “todo dia” em entrevista à Bloomberg, a instabilidade legal é um problema de menor proporção no Brasil.

Segundo o levantamento da Allianz, esse é o quinto maior risco. No levantamento global, o item fica em quarto lugar.


Câmbio e juros

O câmbio e as taxas de juros também devem tirar o sono dos líderes brasileiros. Segundo Ernanny, os analistas entendem que as ações em formação de colchões de segurança contra variações de câmbio podem não ser suficientes. “Vimos nos últimos dois anos uma mudança significativa na taxa de câmbio”, afirma. “Essas oscilações podem afetar o principal negócios de empresas importadoras e exportadoras.”

No caso das mudanças recentes nas taxas de juros, também há preocupação, uma vez que parte das receitas das companhias não são operacionais. “Com a redução da taxa básica de juros, veio uma preocupação maior em concentrar energias na eficiência operacional, para balancear a redução dos ganhos com investimentos.”

Reputação

Em décimo lugar no estudo global, a perda de reputação sequer aparece na lista dos brasileiros. Ernanny atribui essa diferença à menor internacionalização das empresas nacionais.  “O número de empresas brasileiras que estão em um contexto global é menor que nos países mais maduros. Isso explica essa diferença de perspectiva.”

Veja os ranking dos 10 maiores riscos para a gestão das empresas em 2013 nos âmbitos nacional e global.

Brasil - Eventos de risco% de analistas pesquisados
1Interrupção dos negócios, risco na cadeia de suprimentos37,50%
2Catástrofes naturais33,30%
3Incêndios; explosões29,20%
4Flutuações de mercado25%
5Mudanças na legislação e na regulação25%
6Falta de talentos; envelhecimento da mão de obra16,70%
7Aumento da concorrência16,70%
8Outros16,70%
9Poluição12,50%
10Baixa qualidade; defeitos de fabricação12,50%
Global - eventos de risco% de analistas pesquisados
1Interrupção dos negócios; risco na cadeia de suprimentos45,70%
2Catástrofes naturais43,90%
3Incêndios, explosões30,60%
4Mudanças na legislação e na regulação17,10%
5Aumento da concorrência16,60%
6Baixa qualidade; defeitos de fabricação13,40%
7Flutuações de mercado12,60%
8Estagnação ou queda do mercado12,30%
9Colapso da zona do Euro12,10%
10Perda da reputação ou do valor da marca10,40%

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São Paulo – O Barômetro do Risco, estudo da Allianz Global Corporate & Specialty, feito em 28 países, aponta as principais ameaças para as empresas nacionais, segundo especialistas em risco consultados. A preocupação com a falta de mão de obra – que sequer aparece no ranking global – é o sexto maior risco apontado pelo empresariado brasileiro em 2013.

Com a taxa de desemprego em 4,6% no Brasil, a falta de mão-de-obra já assusta os executivos do país. Somente na indústria , segundo dados da CNI, serão necessários 7,2 milhões de profissionais até 2015. No último trimestre de 2012, a falta de mão de obra no setor já havia inflacionado os salários dos profissionais em 10%.

Mas este não é o único risco. Confira outros fatores que podem atrapalhar os negócios das empresas no Brasil e no mundo - e que já estão preocupando muita gente.

Catástrofes naturais

A interrupção dos negócios, catástrofes naturais, incêndios e explosões ocupam os três primeiros lugares da lista brasileira e global, respectivamente. Por aqui, as catástrofes naturais mais temidas são as inundações. Drault Ernanny, vice-presidente da Allianz Global Corporate & Specialty, explica que ainda que o Brasil não sofra com furacões e terremotos, as mudanças climáticas têm aumentado a exposição ao risco.

“A incidência é menor que em outras regiões, mas a incidência desse tipo de evento é crescente no Brasil”, afirma. Segundo dados da seguradora Munich Re, no ano passado, os desastres naturais geraram gasto de 122 bilhões às seguradoras.

Na Ásia e nos países do Pacífico, as catástrofes naturais aparecem em primeiro lugar, como principal risco ao negócio das empresas.

Instabilidade legal

A despeito das declarações recentes da presidente da mineradora Anglo American, Cinthya Carroll, que afirmou que as leis no Brasil mudam “todo dia” em entrevista à Bloomberg, a instabilidade legal é um problema de menor proporção no Brasil.

Segundo o levantamento da Allianz, esse é o quinto maior risco. No levantamento global, o item fica em quarto lugar.


Câmbio e juros

O câmbio e as taxas de juros também devem tirar o sono dos líderes brasileiros. Segundo Ernanny, os analistas entendem que as ações em formação de colchões de segurança contra variações de câmbio podem não ser suficientes. “Vimos nos últimos dois anos uma mudança significativa na taxa de câmbio”, afirma. “Essas oscilações podem afetar o principal negócios de empresas importadoras e exportadoras.”

No caso das mudanças recentes nas taxas de juros, também há preocupação, uma vez que parte das receitas das companhias não são operacionais. “Com a redução da taxa básica de juros, veio uma preocupação maior em concentrar energias na eficiência operacional, para balancear a redução dos ganhos com investimentos.”

Reputação

Em décimo lugar no estudo global, a perda de reputação sequer aparece na lista dos brasileiros. Ernanny atribui essa diferença à menor internacionalização das empresas nacionais.  “O número de empresas brasileiras que estão em um contexto global é menor que nos países mais maduros. Isso explica essa diferença de perspectiva.”

Veja os ranking dos 10 maiores riscos para a gestão das empresas em 2013 nos âmbitos nacional e global.

Brasil - Eventos de risco% de analistas pesquisados
1Interrupção dos negócios, risco na cadeia de suprimentos37,50%
2Catástrofes naturais33,30%
3Incêndios; explosões29,20%
4Flutuações de mercado25%
5Mudanças na legislação e na regulação25%
6Falta de talentos; envelhecimento da mão de obra16,70%
7Aumento da concorrência16,70%
8Outros16,70%
9Poluição12,50%
10Baixa qualidade; defeitos de fabricação12,50%
Global - eventos de risco% de analistas pesquisados
1Interrupção dos negócios; risco na cadeia de suprimentos45,70%
2Catástrofes naturais43,90%
3Incêndios, explosões30,60%
4Mudanças na legislação e na regulação17,10%
5Aumento da concorrência16,60%
6Baixa qualidade; defeitos de fabricação13,40%
7Flutuações de mercado12,60%
8Estagnação ou queda do mercado12,30%
9Colapso da zona do Euro12,10%
10Perda da reputação ou do valor da marca10,40%
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