Ericsson: empresa é uma das maiores empregadoras na Suécia (Jonathan Nackstrand/AFP)
Reuters
Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 10h21.
Estocolmo - O grupo sueco de equipamentos de telecomunicações Ericsson informou nesta quinta-feira que os cortes de funcionários no mercado doméstico estão adiantados, o que vem resultando em despesas de reestruturação maiores que o inicialmente previsto para este ano.
Em outubro, a empresa comunicou que dispensaria cerca de 20 por cento da força de trabalho na Suécia e centenas de consultores, em um esforço para lidar com a retração do mercado e a concorrência da chinesa Huawei e da finlandesa Nokia.
Circulam especulações entre analistas e funcionários na Ericsson sobre se a empresa pode ter que implementar novos cortes para lidar com as condições ainda difíceis de mercado.
Nesta quinta-feira, a companhia sueca informou que as despesas com reestruturações neste ano devem ficar entre 5,5 bilhões e 6,5 bilhões de coroas suecas (606 milhões a 717 milhões de dólares), acima da faixa de 4 bilhões a 5 bilhões prevista inicialmente.
"Os custos de reestruturação para 2017 devem diminuir de algum modo, como consequência da implementação mais rápida da redução das atividades na Suécia", esclareceu a empresa.
Uma estimativa precisa será anunciada em janeiro.
A Ericsson informou que 1.600 funcionários se demitiram voluntariamente, como parte do plano de fechar 3 mil vagas em produção, pesquisa, desenvolvimento e vendas na Suécia e 900 posições de consultoria. Com isso, cortes adicionais não estão planejados.
Fundada em 1876 como uma fabricante de equipamentos de telégrafo, a Ericsson é uma das maiores empregadoras na Suécia, com um quadro global de 115 mil funcionários em 180 países.