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Eni desiste de reserva de gás em projeto com a Vale

Rio de Janeiro - A italiana Eni e a mineradora Vale devem resolver, até a próxima semana, uma novela de mais de dez anos: o destino das reservas de gás de Belmonte, descobertas pela Eni na Bacia de Santos. Os italianos querem devolver o bloco à Agência Nacional do Petróleo (ANP) por não considerarem as […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Rio de Janeiro - A italiana Eni e a mineradora Vale devem resolver, até a próxima semana, uma novela de mais de dez anos: o destino das reservas de gás de Belmonte, descobertas pela Eni na Bacia de Santos. Os italianos querem devolver o bloco à Agência Nacional do Petróleo (ANP) por não considerarem as reservas viáveis. A Vale diz que o projeto “ainda faz parte de seu portfólio”. Nenhuma das companhias comenta o assunto. O plano de avaliação da descoberta vence no dia 31, quando as companhias terão de informar à ANP se vão prosseguir com o investimento. Fontes próximas ao projeto dizem que a Eni já bateu o martelo pela devolução, mesmo após ter comunicado descobertas em todos os três poços perfurados.

A concessão foi arrematada pela Eni na primeira rodada de licitações da ANP, em 1999, com um ágio recorde de 53.664%, ação que surpreendeu o mercado por tratar-se, na época, de uma nova fronteira exploratória. Em 2002, a companhia comunicou sua primeira descoberta na região. Dois anos depois, a Petrobras confirmou ter encontrado, ao lado, o maior campo de gás do País, batizado de Mexilhão. A Vale entrou no projeto no ano passado, adquirindo uma fatia de 50% da concessão com o compromisso de perfurar um terceiro poço, concluído em dezembro com mais uma descoberta. Para observadores próximos, a mineradora ainda estaria buscando uma solução para prosseguir com os trabalhos, diante do risco de perder o investimento no poço - os valores costumam superar US$ 100 milhões.

Uma das alternativas seria apelar para cláusula do contrato que permite sua suspensão por até 5 anos, em caso de dificuldades de mercado e de falta de infraestrutura para escoamento. O mercado de gás hoje passa por um mau momento, por causa da crise e do surgimento de novas tecnologias que permitem produzir o combustível a partir do xisto, abundante nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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