Eneva fará proposta por fatia do BNDES na AES Tietê
Elétrica quer apoio do BNDESPar, maior acionista da geradora que também tem como sócio o grupo americano AES
Reuters
Publicado em 23 de julho de 2020 às 20h00.
Última atualização em 23 de julho de 2020 às 21h42.
A elétrica Eneva informou nesta quinta-feira que fará nova proposta para incorporar a AES Tietê, numa operação que deverá envolver ações e dinheiro, desde que tenha apoio do BNDESPar, maior acionista da geradora que também tem como sócio o grupo americano AES.
A relação de troca a ser proposta contemplaria a atribuição de um prêmio de 10% sobre o valor de mercado das duas companhias na data de 23 de julho, segundo a Eneva.
A proposta de incorporação deverá ter relação de troca implícita correspondente a 0,06539522 nova ação ordinária de emissão da Eneva para cada ação ordinária ou preferencial de emissão da AES Tietê ou de 0,32697609 por unit.
Segundo a Eneva, a proposta deve totalizar 130.498.292 novas ações ordinárias de emissão da Eneva, mais uma parcela em dinheiro de 727,89 milhões de reais, equivalente a 0,36 real por cada ação ordinária ou preferencial ou 1,82 real por unit.
"A proposta formulada ao BNDESPar fundamenta-se na convicção do conselho de administração da Eneva de que a combinação de negócios segue sendo uma operação com méritos e com potencial de gerar significativos benefícios para os acionistas e demais stakeholders de ambas as companhias", disse o fato relevante.
A união das duas companhias criaria uma plataforma eficiente de ativos de geração de energia, "com grande diferencial competitivo, viabilizaria a ampliação da geração de receita e menor volatilidade do fluxo de caixa, além de oferecer um salto de governança corporativa para os acionistas da AES Tietê", disse a Eneva.