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Empresas privadas tiram mercado de estatais no Brasil

Participação das companhias privadas cresce entre as 500 maiores do país nos últimos 30 anos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O capitalismo brasileiro ganhou fôlego nas últimas décadas, apesar das turbulências que sacudiram a economia. Uma prova é o aumento do número de empresas privadas entre as 500 maiores do país. Em 1977, as empresas estatais representavam 10% das 500 maiores. No ano passado, o percentual foi de 8%. O avanço da iniciativa privada também é sentido na geração de empregos. Há 20 anos, 14 empresas privadas estavam entre as 20 maiores empregadoras do país. Em 2007, o número subiu para 18.

Parte da expansão do capital privado na economia ocorreu por meio das privatizações da década de 90. Os dados mostram que algumas ex-estatais ganharam fôlego quando passaram para o controle privado. A Embraer, vendida pelo governo em 1994, viu suas vendas saltarem 1.127% desde então. A Vale, privatizada em 1997, cresceu 189% e hoje é a maior produtora mundial de minério de ferro, e os analistas aguardam novas aquisições que possam alçá-la ao posto de uma das maiores mineradoras diversificadas do planeta. Já a Telefônica, vendida para o grupo espanhol homônimo em 1998, avançou 57%.

Premiação

Na noite desta segunda-feira (7/7), a Revista EXAME homenageará as empresas que se destacaram em 2007. A cerimônia será realizada no clube Monte Líbano, em São Paulo, e marcará os 35 anos do anuário Melhores e Maiores, que reúne dados completos dos 500 principais grupos e empresas do Brasil. Nas últimas três décadas e meia, Melhores e Maiores consolidou-se como a referência do mundo dos negócios no Brasil.

O evento contará com a presença dos ministros da Fazenda, Guido Mantega;do Desenvolvimento, Miguel Jorge; e da Educação, Fernando Haddad. Também estão confirmados os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles; e do BNDES, Luciano Coutinho.

Além da empresa do ano de Melhores e Maiores - a que mais se destacou entre as 500 listadas na publicação -, serão premiadas companhias em 18 categorias: atacado; auto-indústria; bens de capital; bens de consumo; eletroeletrônico; energia; farmacêutico; indústria da construção; indústria digital; mineração; papel e celulose; química e petroquímica; serviços; siderurgia e metalurgia; telecomunicações; têxteis; transporte; e varejo.

Para marcar a trajetória de 35 anos de Melhores e Maiores de EXAME, também serão homenageados alguns dos homens de negócios mais importantes do Brasil, destaques das edições passadas.

Critérios

Para compor o anuário, foram analisadas informações de mais de 3.500 empresas. O grupo compreende todas as que publicaram demonstrações contábeis no Diário Oficial dos estados até o dia 15 de maio de 2008. Também abrangem as companhias limitadas que enviaram seus dados para análise da equipe. Por fim, foram ainda consideradas empresas de porte significativo e bem conhecidas no mercado que preferem não divulgar seus números. Nesse caso, os analistas de Melhores e Maiores estimaram seu faturamento.

Os dados foram analisados pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Universidade de São Paulo (Fipecafi/USP). Para definir o ranking das empresas, as informações foram agrupadas em seis itens, que receberam diferentes pesos: crescimento das vendas (peso 10); investimento imobilizado (peso 15); liderança de mercado (peso 15); liquidez corrente (peso 20); rentabilidade do patrimônio (peso 25); riqueza criada por empregado (peso 15). Além disso, companhias citadas nos demais anuários de EXAME receberam um bônus em pontos. As 20 empresas-modelo da última edição do Guia EXAME de Sustentabilidade, por exemplo, ganharam 20 pontos cada uma.

Com base nessa ponderação de pontos, são elaboradas as diversas listas e comparações de Melhores e Maiores, como as 1.000 maiores empresas privadas e estatais do país; os 100 maiores conglomerados empresariais; e as maiores companhias por região do país.

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