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Empresas privadas lideram desenvolvimento latino em RH

Empresas multinacionais privadas e de base tecnológica marcam o ritmo de desenvolvimento da área de recursos humanos na América Latina, dizem especialistas


	Empresas: organismos públicos ainda estão atrasados na introdução de novas práticas no setor
 (Getty Images)

Empresas: organismos públicos ainda estão atrasados na introdução de novas práticas no setor (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 13h34.

Montevidéu - As empresas multinacionais privadas e de base tecnológica marcam o ritmo de desenvolvimento da área de recursos humanos na América Latina, enquanto os organismos públicos ainda estão atrasados na introdução de novas práticas neste setor, segundo expressaram hoje à Agência Efe especialistas na matéria.

Com cerca de 1.000 profissionais de gestão humana, Montevidéu acolheu nesta sexta-feira o 5º Fórum de Capital Humano, no qual o analista da APC Gonzalo Icasuriaga, representante desta firma de serviços profissionais do grupo Ferrere, concordou em que na região há um maior avanço em gestão de capital humano nos países com mais presença de empresas multinacionais.

É o caso de Brasil e Chile porque estas companhias apostam em uma melhor "profissionalização" e "sofisticação" deste setor, acrescentou o consultor.

Sua empresa, presente em Uruguai, Paraguai, Bolívia, Costa Rica e México, detectou que a região se encontra em um "processo de transformação" e que o desafio atual é "sensibilizar a alta direção das companhias para realizar uma mudança de paradigma", que corresponde especialmente aos organismos públicos, mais atrasados nesta matéria.

Os trabalhadores jovens são os que habitualmente demandam uma mudança nos modelos tradicionais, onde "não encontram uma resposta natural para suas necessidades", assegurou, por isso que é importante uma "substituição geracional" para introduzir estas transformações.

Nas empresas públicas da América Latina a idade média de seus empregados costuma ser 50 anos, uma geração que se manifesta mais "resistente" à mudança, advertiu o especialista uruguaio, enquanto nas empresas emergentes em tecnologia ou startups quase 90% de seus trabalhadores têm menos de 30 anos.

Em relação aos processos de formação do pessoal, Icasuriaga destacou a necessidade de trabalhar em colocar mais desafios e desafios práticos aos trabalhadores, em vez de organizar os tradicionais cursos e oficinas, que, segundo sua opinião, deveriam representar tão somente 10% e 20% das atividades de capacitação.

A instrução do pessoal foi um dos principais temas tratados pelos conferencistas do fórum, realizado anualmente e que, nesta ocasião, centrou suas dissertações em potencializar a "marca empregadora" como mecanismo para posicionar a empresa no mercado de trabalho.

A "marca empregadora" é o "conjunto de atributos que fazem com que uma entidade seja valiosa ou atrativa", explicaram os organizadores do evento, do qual participaram diretores de empresa, gerentes de recursos humanos, consultores e acadêmicos de Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, Espanha e Uruguai.

Os presentes, também de diferentes nacionalidades, foram majoritariamente funcionários em recursos humanos, procedentes tanto de organizações públicas como privadas, com interesse em adquirir ferramentas para otimizar este âmbito empresarial cada vez mais decisivo no atual mercado competitivo e global.

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