Empresas brasileiras fracas têm US$ 51 bi em dívida, diz FMI
Segundo o FMI, empresas brasileiras "fracas", com baixa capacidade de pagamento, concentram 11% das dívidas totais no exterior
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2016 às 15h47.
Washington - O Brasil registrou forte aumento da dívida corporativa nos últimos anos e o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) alertou nesta quarta-feira, 5, que US$ 51 bilhões em dívidas, o equivalente a 11% dos passivos totais das empresas brasileiras, estão em "companhias fracas", com baixa capacidade de pagamento.
O diretor-adjunto do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI, Ali Al-Eyd, explicou em uma entrevista a jornalistas hoje que empresas fracas são aquelas nas quais a geração de lucro não é suficiente para cobrir o pagamento de juros da dívida.
O FMI também investigou o que aconteceria no Brasil em um cenário adverso, de piora adicional da atividade econômica, em que o lucro das empresas tem nova queda e os custos de captação sobem.
Neste caso, a dívida corporativa detida pelas "companhias fracas" pode subir para US$ 88 bilhões, ou cerca de 19% da dívida corporativa do País.
Por isso, segundo o FMI, é necessário que o governo brasileiro tente lidar com essa situação, o que ajudaria também a reduzir um risco importante para o sistema bancário.
Uma das recomendações é aproveitar o bom momento do cenário externo, com taxas de juros muito baixas ou negativas em vários países desenvolvidos, e busca por retorno dos investidores globais, para tentar melhorar a situação dos passivos.
Outra recomendação do FMI é que o Brasil e outros emergentes melhores as ferramentas das regras de solvência.
"O nível de alavancagem das empresas no Brasil e outros emergentes é bastante alto", disse Al-Eyd na entrevista.
Washington - O Brasil registrou forte aumento da dívida corporativa nos últimos anos e o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) alertou nesta quarta-feira, 5, que US$ 51 bilhões em dívidas, o equivalente a 11% dos passivos totais das empresas brasileiras, estão em "companhias fracas", com baixa capacidade de pagamento.
O diretor-adjunto do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI, Ali Al-Eyd, explicou em uma entrevista a jornalistas hoje que empresas fracas são aquelas nas quais a geração de lucro não é suficiente para cobrir o pagamento de juros da dívida.
O FMI também investigou o que aconteceria no Brasil em um cenário adverso, de piora adicional da atividade econômica, em que o lucro das empresas tem nova queda e os custos de captação sobem.
Neste caso, a dívida corporativa detida pelas "companhias fracas" pode subir para US$ 88 bilhões, ou cerca de 19% da dívida corporativa do País.
Por isso, segundo o FMI, é necessário que o governo brasileiro tente lidar com essa situação, o que ajudaria também a reduzir um risco importante para o sistema bancário.
Uma das recomendações é aproveitar o bom momento do cenário externo, com taxas de juros muito baixas ou negativas em vários países desenvolvidos, e busca por retorno dos investidores globais, para tentar melhorar a situação dos passivos.
Outra recomendação do FMI é que o Brasil e outros emergentes melhores as ferramentas das regras de solvência.
"O nível de alavancagem das empresas no Brasil e outros emergentes é bastante alto", disse Al-Eyd na entrevista.