Empresa chinesa investe em rival para tentar derrubar o Uber
Segundo o The Wall Street Journal, aplicativo de "caronas" chinês Didi Kuaidi colocou dinheiro no rival norte-americano Lyft para atrapalhar o Uber
Luísa Melo
Publicado em 14 de setembro de 2015 às 12h00.
São Paulo - O Uber enfrenta rejeição em diversos países, incluindo o Brasil. Na quarta-feira (9), pressionados por taxistas, vereadores aprovaram um projeto que proíbe o uso do aplicativo na cidade de São Paulo.
Meses atrás, porém, a empresa recebeu uma punhalada silenciosa – e talvez bem mais poderosa – vinda do outro lado do mundo. Em uma rodada de investimentos que se encerrou em maio, seu maior concorrente na China, o Didi Kuaidi, decidiu colocar dinheiro no principal rival norte-americano, o Lyft.
Os aportes foram feitos em conjunto com grandes companhias de internet chinesas, como o Alibaba e a Tencent, segundo fontes contaram ao The Wall Street Journal.
A ideia, segundo o jornal, é impulsionar o crescimento do Lyft para enfraquecer a vantagem competitiva do Uber em seu lugar de origem (os Estados Unidos) e atrapalhar seus planos de expansão na China.
No início do mês, o app de "caronas" anunciou que pretende chegar a mais cem cidades chinesas em 2016. A empresa já classifica o país asiático como seu "mais importante mercado global".
O Didi Kuaidi domina 80% do segmento de transporte em carros privados na China e trabalha também com táxi. Alguns de seus serviços são oferecidos em cerca de 360 cidades locais, contra menos de 20 em que o Uber está presente, segundo o WSJ.
Já o Lyft foi o primeiro atuar nesse ramo contratando motoristas não profissionais, inovação que foi rapidamente copiada – e dominada – pelo Uber. Hoje, o Uber opera em 338 cidades no mundo todo, enquanto o Lyft está em apenas 65 cidades dos Estados Unidos, ainda conforme o diário.
Após a rodada de investimentos, o Lyft foi avaliado em 2,5 bilhões de dólares. Em março, ele recebeu aportes do e-commerce japonês Rakuten e disse que usaria o dinheiro para expandir sua atuação internacional – um possível avanço na Ásia ainda não foi discutido, segundo fontes do WSJ.
O apoiador Didi Kuandi vale 16 bilhões de dólares e tem um caixa de mais de 4 bilhões de dólares. Nesta semana, a empresa arrecadou 3 bilhões de dólares em aportes, o maior financiamento já concedido de uma só vez a uma startup de tecnologia privada no mundo, segundo o Dow Jones VentureSource. Em agosto, ela investiou na Grab Taxi, maior concorrente do Uber no sudeste asiático.
São Paulo - O Uber enfrenta rejeição em diversos países, incluindo o Brasil. Na quarta-feira (9), pressionados por taxistas, vereadores aprovaram um projeto que proíbe o uso do aplicativo na cidade de São Paulo.
Meses atrás, porém, a empresa recebeu uma punhalada silenciosa – e talvez bem mais poderosa – vinda do outro lado do mundo. Em uma rodada de investimentos que se encerrou em maio, seu maior concorrente na China, o Didi Kuaidi, decidiu colocar dinheiro no principal rival norte-americano, o Lyft.
Os aportes foram feitos em conjunto com grandes companhias de internet chinesas, como o Alibaba e a Tencent, segundo fontes contaram ao The Wall Street Journal.
A ideia, segundo o jornal, é impulsionar o crescimento do Lyft para enfraquecer a vantagem competitiva do Uber em seu lugar de origem (os Estados Unidos) e atrapalhar seus planos de expansão na China.
No início do mês, o app de "caronas" anunciou que pretende chegar a mais cem cidades chinesas em 2016. A empresa já classifica o país asiático como seu "mais importante mercado global".
O Didi Kuaidi domina 80% do segmento de transporte em carros privados na China e trabalha também com táxi. Alguns de seus serviços são oferecidos em cerca de 360 cidades locais, contra menos de 20 em que o Uber está presente, segundo o WSJ.
Já o Lyft foi o primeiro atuar nesse ramo contratando motoristas não profissionais, inovação que foi rapidamente copiada – e dominada – pelo Uber. Hoje, o Uber opera em 338 cidades no mundo todo, enquanto o Lyft está em apenas 65 cidades dos Estados Unidos, ainda conforme o diário.
Após a rodada de investimentos, o Lyft foi avaliado em 2,5 bilhões de dólares. Em março, ele recebeu aportes do e-commerce japonês Rakuten e disse que usaria o dinheiro para expandir sua atuação internacional – um possível avanço na Ásia ainda não foi discutido, segundo fontes do WSJ.
O apoiador Didi Kuandi vale 16 bilhões de dólares e tem um caixa de mais de 4 bilhões de dólares. Nesta semana, a empresa arrecadou 3 bilhões de dólares em aportes, o maior financiamento já concedido de uma só vez a uma startup de tecnologia privada no mundo, segundo o Dow Jones VentureSource. Em agosto, ela investiou na Grab Taxi, maior concorrente do Uber no sudeste asiático.