EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Tudo conspira contra o empreendedor brasileiro. Ainda mais quando ele está empenhado na criação de uma empresa para um mercado que simplesmente não existe. "Além dos problemas de praxe, tivemos de nos empenhar na venda de um conceito", diz Roberto Chade, desde outubro de 2000 envolvido na criação e consolidação da Dotz.
O mercado que inexistia há cinco anos é o de programas de pontuação através de moeda virtual, no caso, a dotz. Os consumidores acumulam dotz em suas compras, e podem trocá-las por CDs, DVDs, ingressos, livros, passagens aéreas e eletroeletrônicos, por exemplo sempre à sua escolha. É como um programa de milhagem com alta flexibilidade: basta colecionar as moedas e trocá-las livremente por produtos.
Para as empresas, por sua vez, aliar-se à Dotz é uma maneira de estimular a venda de produtos e serviços, além de um valiosíssimo meio de conhecer hábitos dos clientes e assim retê-los (leia reportagem de EXAME sobre o sucesso da Dotz).
Para Chade, o lado glamouroso, de ser dono de um negócio, acaba obscurecendo os aspectos espinhosos da vida de empreendedor. "O dia-a-dia, que ninguém conhece, é extremamente complexo." Diante de tanta complexidade, é preciso ousar. "O empreendedor precisa ser um irresponsável com responsabilidade", diz Chade.