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Emílio e Marcelo Odebrecht têm R$ 96 milhões a receber do próprio Grupo

Pai e filho, assim como alguns condenados na Lava Jato, são acionistas do grupo e serão os últimos a receber os valores em aberto

Marcelo Odebrecht: condenado na Operação Lava Jato e herdeiro do grupo Odebrecht, está entre os credores da companhia (Heuler Andrey/Getty Images)

Marcelo Odebrecht: condenado na Operação Lava Jato e herdeiro do grupo Odebrecht, está entre os credores da companhia (Heuler Andrey/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2019 às 11h49.

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 11h52.

São Paulo — Marcelo e Emílio Odebrecht, acionistas do grupo e condenados na Operação Lava Jato, estão entre os credores da Odebrecht dentro da recuperação judicial. Segundo a lista de credores da empresa, Marcelo - condenado a 19 anos de detenção e que hoje está em prisão domiciliar - tem R$ 16,2 milhões de créditos a receber da empresa. O valor de Emílio Odebrecht é de R$ 80 milhões.

O cunhado de Marcelo, Maurício Ferro, que também é réu da Lava Jato, detém um montante de mais de R$ 8 milhões. Os valores atribuídos a Newton Souza, ex-presidente do grupo, chegam a R$ 280 milhões e envolvem a recompra de ações do grupo, segundo o processo. Outros condenados no escândalo de corrupção também estão entre os credores.

Na lista, os escritórios de advocacia estão em maior número ao lado dos grandes bancos. Embora o valor seja bem menor, a variedade de escritório é grande - o que explica a complexidade do grupo diante dos reflexos causados pela operação da Polícia Federal. O declínio do império Odebrecht começou em 2015 quando Marcelo Odebrecht foi preso. De lá para cá, o grupo tem sofrido um revés atrás do outro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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