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Embraer garante produção estável com pedido da United

Pedido feito pela companhia americana de pelo menos 30 aviões assegura o atual nível de produção da fabricante brasileira para 2014


	Hangar da Embraer: companhia teve lucro líquido de 30 milhões de dólares de janeiro a março, abaixo da média das expectativas
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Hangar da Embraer: companhia teve lucro líquido de 30 milhões de dólares de janeiro a março, abaixo da média das expectativas (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 13h02.

São Paulo - A Embraer informou nesta terça-feira que o pedido feito pela United Airlines na véspera de pelo menos 30 aviões assegura o atual nível de produção da fabricante brasileira de jatos para o próximo ano.

"Com esse pedido, nós asseguramos os níveis atuais de produção para o próximo ano", afirmou o presidente da Embraer, Frederico Curado, em teleconferência com analistas.

"Claro que estamos buscando novos pedidos, então há a possibilidade de, se conseguirmos mais encomendas, voltarmos aos níveis de 2011/2012 de produção, que foi cerca de 10 a 15 por cento acima deste ano", acrescentou.

Na noite de segunda-feira, a Embraer divulgou ter assinado contrato firme com a United Airlines para venda de 30 jatos Embraer 175, um negócio avaliado em cerca de 1,2 bilhão de dólares a preços de tabela. O acordo envolve ainda 40 opções de compra do mesmo modelo, o que elevaria o valor total da encomenda para 2,9 bilhões de dólares.

O negócio colaborava para impulsionar as ações da Embraer e compensava os efeitos do resultado do primeiro trimestre aquém do esperado. Às 12h42, os papéis da companhia subiam 3,71 por cento na bolsa paulista, para 17,03 reais, tendo avançado mais de 6 por cento na máxima. O Ibovespa tinha variação positiva de 0,94 por cento.

A Embraer teve lucro líquido de 30 milhões de dólares de janeiro a março, abaixo da média das expectativas de analistas de 58 milhões de dólares, segundo pesquisa da Reuters.


O vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da fabricante, José Filippo, ressaltou que a queda nas entregas de aviões comerciais no primeiro trimestre, divulgada pela empresa em meados de abril, foi provocada pela sazonalidade do período e pelo atraso em algumas entregas.

"O efeito de sazonalidade também afetou a aviação executiva. Tivemos alguns impactos de financiamentos que não foram processados a tempo no primeiro trimestre. Nós esperamos ter uma evolução de melhora para o segundo trimestre", disse Filippo.

A Embraer entregou 17 aeronaves comerciais e 12 executivas no primeiro trimestre, contra 21 e 13 unidades nesses dois segmentos um ano antes, respectivamente.

Aviação executiva

O presidente da Embraer disse que não vê um aumento na pressão de baixa nos preços de jatos executivo, mas também não vê um cenário de alta.

"Não estamos vendo aumento nos preços, mas também não estamos vendo a forte pressão que já vimos antes (por uma redução). Não está piorando pelo menos", disse.

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