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Embraer e Boeing aprovam parceria que dá 80% de joint venture à americana

A liberação para assinar o contrato de parceira entre as duas empresas ainda precisa da aprovação do governo brasileiro

Embraer e Boeing: a Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil (Roosevelt Cassio/Reuters)
DG

Denyse Godoy

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 10h04.

Última atualização em 17 de dezembro de 2018 às 18h57.

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer e a americana Boeing anunciaram nesta segunda-feira (17) a aprovação dos termos de criação de uma joint-venture.

A americana vai pagar 4,2 bilhões de dólares para ter uma participação de 80% na nova empresa, a qual contemplará a unidade de produção de aviões comerciais da Embraer. A brasileira ficará com 20% da companhia, segundo comunicado da Embraer à imprensa.

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A parceria ainda precisa ser aprovada pelo governo brasileiro. Somente depois desse aval o acordo entre a Embraer e a Boeing será assinado.

A expectativa é que o negócio seja concluído até o final de 2019. A joint-venture deve gerar sinergias anuais de cerca de 150 milhões de dólares até o terceiro ano de operação.

Essa nova joint-venture da aviação comercial será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente da Boeing.

A Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil.

KC-390

As companhias também chegaram a um acordo de uma segunda joint-venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390.

De acordo com a parceria proposta, a Embraer deterá 51% de participação na joint-venture e a Boeing, os 49% restantes.

A transação também está sujeita à aprovação do governo brasileiro, ratificação pelo conselho de administração da Embraer e autorização deste para assinatura dos documentos definitivos da transação.

Na sequência, a parceria estratégica ainda deve ser submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo.

(Com Estadão Conteúdo)

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