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Embraer deve avaliar confiabilidade de sistemas da Petrobras

Protocolo de intenções entre as companhias caminha para ser o primeiro contrato de uma recém-criada divisão pela fabricante brasileira de jatos

Plataforma da Petrobras: parceria envolve a Embraer Sistemas, unidade criada para aplicar em outras indústrias os conhecimentos da companhia (Sérgio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 16h35.

São Paulo - A Embraer assinou nesta segunda-feira um protocolo de intenções com a Petrobras para avaliar a confiabilidade de sistemas críticos de produção de petróleo e gás da estatal, no que caminha para ser o primeiro contrato de uma recém-criada divisão pela fabricante brasileira de jatos.

Segundo comunicado de ambas as empresas, o objetivo é aplicar padrões praticados na indústria aeronáutica para avaliar os requisitos e arquitetura de sistemas críticos usados na exploração e produção de petróleo e gás sob a ótica de segurança, condições de manutenção e confiabilidade.

A parceria envolve a Embraer Sistemas, unidade da Embraer criada para aplicar em outras indústrias as tecnologias e os conhecimentos da companhia. A efetivação das atividades para a Petrobras ainda depende da assinatura de contrato formal.

"A tolerância a erros na aviação é muito baixa. A engenharia que a Embraer desenvolveu ao longo da sua história pode ser aplicada a outras indústrias, além da aeronáutica", disse em recente entrevista à Reuters o presidente da Embraer Sistemas, Daniel Moczydlower.

A Embraer Sistemas iniciou suas operações com um escritório próprio no Rio de Janeiro no começo de 2014. Atualmente, cerca de 15 pessoas trabalham na unidade.

O primeiro projeto com a Petrobras terá como foco o sistema BOP (Blow-Out Preventer), responsável por garantir a vedação dos poços de petróleo e prevenir vazamentos e fluxos não controlados de óleo ou gás em quaisquer condições de trabalho.

"Existem empresas que lidam com ativos e investimentos muito grandes para os quais questões como segurança e confiabilidade são altamente desejáveis. Pequenos ganhos de eficiência podem significar retorno sobre investimento muito altos", disse Moczydlower, citando a indústria de mineração como outro alvo da Embraer Sistemas.

A Embraer está dividida nas áreas de aviação comercial, executiva e defesa. Moczydlower disse que a meta é "construir na Embraer Sistemas uma quarta unidade de negócio digna dessa denominação".

Ele ressaltou que isso é um projeto para um horizonte bastante longo, de 20 anos à frente. "Somos ainda uma semente de uma nova área de negócios." Embora o Brasil seja o mercado natural para o crescimento da Embraer Sistemas, a unidade vê chance de exportar conhecimento.

"Se olharmos para a Vale, por exemplo, ela tem operação muito forte em outros países do mundo. Você pode se internacionalizar servindo eventualmente as multinacionais brasileiras e o fato de se credenciar como parceiro dessas empresas é importante", afirmou.

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São Paulo - A Embraer assinou nesta segunda-feira um protocolo de intenções com a Petrobras para avaliar a confiabilidade de sistemas críticos de produção de petróleo e gás da estatal, no que caminha para ser o primeiro contrato de uma recém-criada divisão pela fabricante brasileira de jatos.

Segundo comunicado de ambas as empresas, o objetivo é aplicar padrões praticados na indústria aeronáutica para avaliar os requisitos e arquitetura de sistemas críticos usados na exploração e produção de petróleo e gás sob a ótica de segurança, condições de manutenção e confiabilidade.

A parceria envolve a Embraer Sistemas, unidade da Embraer criada para aplicar em outras indústrias as tecnologias e os conhecimentos da companhia. A efetivação das atividades para a Petrobras ainda depende da assinatura de contrato formal.

"A tolerância a erros na aviação é muito baixa. A engenharia que a Embraer desenvolveu ao longo da sua história pode ser aplicada a outras indústrias, além da aeronáutica", disse em recente entrevista à Reuters o presidente da Embraer Sistemas, Daniel Moczydlower.

A Embraer Sistemas iniciou suas operações com um escritório próprio no Rio de Janeiro no começo de 2014. Atualmente, cerca de 15 pessoas trabalham na unidade.

O primeiro projeto com a Petrobras terá como foco o sistema BOP (Blow-Out Preventer), responsável por garantir a vedação dos poços de petróleo e prevenir vazamentos e fluxos não controlados de óleo ou gás em quaisquer condições de trabalho.

"Existem empresas que lidam com ativos e investimentos muito grandes para os quais questões como segurança e confiabilidade são altamente desejáveis. Pequenos ganhos de eficiência podem significar retorno sobre investimento muito altos", disse Moczydlower, citando a indústria de mineração como outro alvo da Embraer Sistemas.

A Embraer está dividida nas áreas de aviação comercial, executiva e defesa. Moczydlower disse que a meta é "construir na Embraer Sistemas uma quarta unidade de negócio digna dessa denominação".

Ele ressaltou que isso é um projeto para um horizonte bastante longo, de 20 anos à frente. "Somos ainda uma semente de uma nova área de negócios." Embora o Brasil seja o mercado natural para o crescimento da Embraer Sistemas, a unidade vê chance de exportar conhecimento.

"Se olharmos para a Vale, por exemplo, ela tem operação muito forte em outros países do mundo. Você pode se internacionalizar servindo eventualmente as multinacionais brasileiras e o fato de se credenciar como parceiro dessas empresas é importante", afirmou.

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