Negócios

Embraer corta custos do jato E2 em meio à rivalidade com a Airbus

A Embraer sofreu um golpe na semana passada quando a JetBlue optou pelo modelo A220-300

Jato E-2: No início deste mês, a Boeing fechou um acordo de controle acionário no braço de aeronaves comerciais da Embraer (Divulgação/Embraer/Divulgação)

Jato E-2: No início deste mês, a Boeing fechou um acordo de controle acionário no braço de aeronaves comerciais da Embraer (Divulgação/Embraer/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 15 de julho de 2018 às 12h47.

FARNBOROUGH, Inglaterra - A Embraer, fabricante brasileira de aviões, está melhorando os baixos custos de manutenção e queima de combustível de seu jato E2, uma vez que enfrenta concorrência mais dura do rival A220, agora apoiada pela Airbus, disseram executivos neste domingo.

"Espero que possamos apresentar uma boa exibição na terça-feira", disse o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, John Slattery, à Reuters a bordo do jato E190-E2, à espera de possíveis anúncios de pedidos na feira de Farnborough.

No início deste mês, a Boeing fechou um acordo de controle acionário no braço de aeronaves comerciais da Embraer sob uma nova joint venture de 4,75 bilhões de dólares, após a Airbus concluir um acordo para assumir o controle do programa Cseries da rival Bombardier.

A Embraer sofreu um golpe na semana passada quando a JetBlue optou pelo modelo A220-300, anteriormente conhecido como Cseries.

Falando separadamente antes da feira, o presidente da Bombardier Commercial Aircraft, Fred Cromer, disse que o acordo com a Airbus permitiu que o ex-Cseries atingisse todo o seu potencial.

"É a melhor aeronave desse segmento. É um projeto limpo, não é uma reengenharia de uma plataforma existente", disse acrescentando que seu benefício está nos baixos custos operacionais e na economia de combustível.

O E190-E2, que a Embraer expõe em Farnborough com um tubarão pintado no nariz, é a primeira de três aeronaves de nova geração na linha de jatos comerciais da Embraer com novas asas e motores Pratt & Whitney destinados a melhorar eficiência do combustível.

"A combinação de conhecimento adquirido com a primeira geração e a nova tecnologia é o que nos torna únicos", disse Rodrigo Silva e Souza, vice-presidente de marketing da Embraer Aviação Comercial, destacando a queima de combustível e intervalos de manutenção mais longos como as principais economias para as operadoras.

A versão menor do E2, o E175-E2, foi reduzida devido a uma cláusula de escopo nos contratos dos pilotos norte-americanos que o impede de participar do mercado de aviação regional dos EUA devido ao seu peso.

Slattery disse que a Embraer ainda estava planejando a entrada em serviço no final de 2021, acrescentando que viu oportunidades fora da América do Norte, como a substituição de turboélices no sudeste da Ásia e nos países da CEI.

Cromer, da Bombardier, disse que não esperava que a cláusula de escopo fosse alterada em breve, acrescentando que beneficiou seu avião CRJ.

Enquanto isso, as transportadoras norte-americanas ainda estão interessadas na versão atual do E175, disse Slattery, acrescentando que o jato continuará a ser produzido enquanto for necessário.

Acompanhe tudo sobre:AirbusAviaçãoAviõesBoeingEmbraer

Mais de Negócios

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios