Negócios

Embraer ainda espera vencer concorrência nos EUA

Em dezembro passado, a empresa e sua parceira americana Sierra Nevada foram consideradas vitoriosas na licitação, com o avião Super Tucano, mas a decisão foi suspensa

Segundo a companhia, um novo processo de compra é esperado para ser emitido pelo governo americano no segundo trimestre deste ano (Ho/AFP)

Segundo a companhia, um novo processo de compra é esperado para ser emitido pelo governo americano no segundo trimestre deste ano (Ho/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 22h43.

São Paulo - A Embraer ainda acredita ter chances de vencer a concorrência da qual participou no ano passado e se sagrou vitoriosa mas depois teve o contrato suspenso, na Força Aérea dos Estados Unidos. "Esperamos o anúncio de uma nova decisão para 2013", afirmou a empresa, em seu balanço financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano, divulgado na noite desta quinta-feira.

Segundo a companhia, um novo processo de compra é esperado para ser emitido pelo governo americano no segundo trimestre deste ano.

A concorrência refere-se à compra de 20 aviões de combate leve para uso no Afeganistão, um contrato de US$ 355 milhões, que pode com o tempo ser ampliado. Em dezembro do ano passado, a Embraer e sua parceira americana Sierra Nevada Corporation foram consideradas vitoriosas na licitação, com o avião Super Tucano, mas a decisão foi suspensa em janeiro e anulada em março, sob o argumento de que havia problemas com a documentação.

O recuo do governo americano em conceder o contrato a uma empresa brasileira, em ano eleitoral, se deu sob pressão da americana Hawker Beechcraft, que havia sido desclassificada da disputa, devido às condições técnicas de sua aeronave, A Embraer ameaça desistir da concorrência caso o processo recomece do zero ou as exigências para participar da disputa sejam alteradas, beneficiando a Hawker Beechcraft.

Segmentos

O segmento de Defesa e Segurança ampliou sua participação na receita da Embraer. No primeiro trimestre deste ano, somou R$ 411,3 milhões e representou 20,1% da receita total, ante 16% no mesmo período do ano passado e 14,5% no último trimestre de 2011. Os dados constam do balanço da companhia divulgado por comunicado na noite desta quinta-feira.

A unidade de Aviação Executiva ficou com 13,2% da receita total, ante 11,0% no mesmo período de 2011 e 29,9% entre outubro e dezembro. A receita da Aviação Executiva somou R$ 270,1 milhões no primeiro trimestre deste ano. A aviação comercial, que responde pela maior parte da receita da Embraer e gerou faturamento de R$ 1,345 bilhão no primeiro trimestre deste ano, representou 65,7% das receitas totais, sendo que no mesmo período do ano passado respondia por 71,2% e no quarto trimestre de 2011, por 53,1%.

Outras fontes de receita somaram R$ 22,4 milhões, 1,1% do total, ante 1,8% no mesmo período do ano passado e 2,5% entre outubro e dezembro.


Estoque

Os estoques da Embraer aumentaram 12,61% no primeiro trimestre em relação ao final do ano passado e totalizaram R$ 4,842 bilhões. Segundo a companhia, isso se deu em razão do maior número esperado de entregas de aeronaves nos próximos trimestres deste ano.

O saldo do contas líquidas a receber de clientes se manteve praticamente estável em R$ 910,4 milhões - a variação com o quarto trimestre do ano passado foi de um recuo de 4%. Por outro lado, a conta referente aos fornecedores sofreu um aumento de R$ 171,7 milhões, atingindo R$ 1,728,4 bilhão no período. Na avaliação da Embraer, isso compensou parcialmente o aumento dos estoques, reduzindo o impacto na necessidade de capital de giro.

A conta adiantamentos de clientes aumentou em R$ 15,4 milhões e alcançou no final do período R$ 2,023 bilhões. O imobilizado totalizou R$ 2,651 bilhões e a conta financiamento a clientes totalizou R$ 204,0 milhões, desempenho estável em relação ao último trimestre do ano passado. Já o intangível aumentou em R$ 34,5 milhões, o equivalente a um crescimento de 2,28%, por conta dos custos de desenvolvimento de produto, em especial os programas Legacy 450 & 500, e totalizou R$ 1,551 bilhão ao final do período.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoEmbraerEmpresasEmpresas abertasempresas-de-tecnologiaEstados Unidos (EUA)Fusões e AquisiçõesPaíses ricosSetor de transporte

Mais de Negócios

EXAME lança na quarta-feira (24) nova edição do ranking Negócios em Expansão; saiba como assistir

Morre Paulo Fernando Fleury, um dos ícones da logística empresarial no país

Franquia de sucesso: como a Domino’s transformou um empréstimo de US$ 900 em um negócio bilionário

Sob nova gestão, iFood prepara investimentos em startups e mira verticais de mercado e de benefícios

Mais na Exame