Em marco histórico, Vale conclui expansão da Estrada de Ferro Carajás
EFC liga a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás (PA), ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA)
Reuters
Publicado em 26 de julho de 2018 às 17h02.
Última atualização em 26 de julho de 2018 às 17h03.
Rio de Janeiro - A mineradora brasileira Vale concluiu na véspera seu importante projeto de expansão da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), que permitirá uma elevação mais importante da capacidade de transporte da empresa a partir do próximo ano, afirmou nesta quinta-feira o diretor-executivo de Minerais Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga.
A EFC tem 892 quilômetros de extensão, ligando a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, em Carajás, no sudeste do Pará , ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Com a expansão, a empresa duplicou 575 quilômetros da ferrovia. As obras foram iniciadas em 2013.
"Até o fim do ano, ainda não terá 'ramp up', em função da restrição da velocidade em alguns trechos, mas... temos aí um marco histórico... Duplicamos toda a ferrovia", disse Poppinga, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no segundo trimestre.
A EFC está ainda interligada com outras duas ferrovias: a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e a Ferrovia Norte-Sul, segundo informações no site da Vale.
O projeto de Expansão da EFC fez parte do programa de expansão de logística, que capacitou o corredor norte para transportar e embarcar até 230 milhões de toneladas por ano.
Moçambique
A construção de estruturas logísticas robustas é parte da estratégia da Vale para ganhar competitividade.
Nesta quinta-feira, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, ressaltou a importância do porto e da ferrovia que a empresa tem em Moçambique, na África, atendendo ao ativo de carvão Moatize, naquela região.
Segundo ele, as estruturas de escoamento do ativo são praticamente únicos e "de melhor qualidade".
O executivo sinalizou um possível investimento futuro no local para expandir capacidades e atrair maior rentabilidade.
"Todo o carvão que existe naquela região só tem uma ferrovia e um porto para passar, o que significa que a Vale, quando estiver em condições de olhar isso, poderá expandir marginalmente sua operação, com investimento absolutamente marginal, e conseguir ter um retorno dessa operação desproporcionalmente elevado", disse Schvartsman.