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Em dificuldades, AIG poderá resgatar a si mesma

Maior seguradora dos EUA poderá tomar um empréstimo de US$ 20 bilhões de suas subsidiárias

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 18h36.

A AIG, maior seguradora dos Estados Unidos, pode conceder a si mesma um empréstimo de 20 bilhões de dólares para continuar em operação. O Departamento de Seguros do Estado de Nova York decidiu permitir que a AIG possa assumir ativos de suas subsidiárias, que poderiam ser usados como garantias para tomar novos empréstimos. Após a concordata do Lehman Brothers e da venda do Merrill Lynch para o Bank of America nas últimas horas, o mercado passou a especular que a AIG poderia ser a próxima grande instituição financeira americana a ficar sem crédito.

O governador de Nova York, David Patterson, explicou que decidiu tomar a medida como forma de ajudar a AIG sem que seja necessário o empréstimo de dinheiro público para a seguradora. Segundo especulações de mercado, a AIG teria pedido um empréstimo-ponte de 40 bilhões de dólares ao Federal Reserve (o banco central americano) como forma de evitar uma crise de liquidez.

Assim como outras instituições financeiras, a AIG tem forte exposição a títulos hipotecários de segunda linha, conhecidos como subprime. Com a desvalorização dos preços dos imóveis nos Estados Unidos, bancos e seguradoras que detinham esses títulos têm sofridos pesadas perdas com inadimplência. Neste ano, a AIG já acumula um prejuízo de 18 de bilhões de dólares e suas ações despencaram mais de 90%.

A AIG é uma das maiores empresas dos Estados Unidos e faz parte do índice Dow Jones da Bolsa de Nova York. A empresa também tem estudado formas de levantar dinheiro e aumentar a confiança dos investidores que poderiam dar lhe crédito. Segundo o <i>Wall Street Journal</i>, a AIG poderia vender negócios como a operação de seguros de veículos nos Estados Unidos. Outra opção seria se desfazer de sua unidade de leasing de aviões, a International Lease Finance Corp., que tem uma frota de 900 aeronaves avaliadas em mais de 50 bilhões de dólares. A IFLC é nada menos do que a maior cliente de aviões da Boeing e da Airbus.

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