Negócios

Eletropaulo investirá R$ 120 mi para contornar apagões

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou a demora da concessionária em restabelecer os serviços e cobrou mais investimentos e fiscalização

Deve haver também queda na distribuição de dividendos, alerta analista (Germano Luders)

Deve haver também queda na distribuição de dividendos, alerta analista (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 17h28.

São Paulo - A AES Eletropaulo, concessionária de energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo, anunciou hoje que destinará R$ 120 milhões a mais nos próximos dois anos para ampliar o atendimento ao cliente, contratar 580 novos eletricistas e incrementar a tecnologia de automação para a rede de distribuição.

No início do mês passado, após um vendaval na região, algumas regiões ficaram dois dias sem energia elétrica. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou a demora da concessionária em restabelecer os serviços e cobrou mais investimentos e fiscalização.

A AES Eletropaulo prevê que o atendimento eletrônico passe de 2 mil para 54 mil chamadas por hora. O serviço por SMS também será ampliado, com aumento de 50% de capacidade, o que possibilitará receber até 100 mil torpedos por dia, com resposta automática informando a previsão para o restabelecimento de energia.

Esta semana entrou em funcionamento novo serviço automatizado para registrar falta de luz. O cliente pode avisar sobre a interrupção diretamente pelo sistema eletrônico do call center, sem necessidade de interação com o atendente. A ferramenta dará ao cliente previsão de restabelecimento e o número de protocolo.

Até o final deste ano, ainda está prevista a instalação de 2 mil religadores automáticos e 5 mil seccionalizadores automáticos. Esses equipamentos permitem que, em caso de interrupção de energia causada por interferência transitória, como um galho de árvore que bate nos fios e depois cai, a rede seja automaticamente protegida e religada instantaneamente, evitando interrupções prolongadas.

Apagões

No início de junho, quando um vendaval atingiu a Grande São Paulo, alguns bairros ficaram até dois dias sem fornecimento de energia. A empresa chegou a receber 1 milhão de ligações de clientes e quase 100 mil mensagens de SMS. As operações no sistema de transporte coletivo e até no abastecimento de água foram interrompidas em vários pontos, o que irritou o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele mobilizou a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) para que solicitasse à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a ampliação na fiscalização dos serviços da concessionária.

Acompanhe tudo sobre:ApagãoEmpresas

Mais de Negócios

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Mais na Exame