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Eletrobras tem lucro líquido de R$ 716 milhões no 3º trimestre

Companhia destacou que o resultado foi influenciado pelo aumento da receita na Amazonas GT em R$ 469 milhões

Eletrobras: ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 2,76 bilhões (Brendan McDermid/Reuters)

Eletrobras: ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 2,76 bilhões (Brendan McDermid/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 08h26.

Última atualização em 12 de novembro de 2019 às 08h27.

São Paulo — A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 716 milhões no terceiro trimestre de 2019, revertendo o prejuízo de R$ 2,26 bilhões observado no mesmo período de 2018.

Considerando o resultado das operações continuadas, ou seja, sem contar o desempenho do segmento das empresas de distribuição, que foram vendidas, esses ganhos reverteram as perdas de R$ 1,248 bilhão. Em nove meses, a estatal elétrica apresentou um lucro líquido de R$ 7,624 bilhões, ante prejuízo líquido de R$ 404 milhões anotado de janeiro a setembro do ano passado.

A companhia destacou que o resultado foi influenciado pelo aumento da receita na Amazonas GT em R$ 469 milhões com o início de fornecimento do contrato de comercialização de energia da usina termoelétrica Mauá 3 e o recebimento de receita adicional por investimentos em melhorias nas hidrelétricas que operam sob o regime de cotas (GAG Melhoria), de R$ 250 milhões. A Eletrobras destacou, ainda, a redução de suas despesas operacionais recorrentes com pessoal, materiais, serviços de terceiros e outros (PMSO), em 17%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 2,76 bilhões, montante 303% maior que o reportado em igual etapa de 2018. A margem Ebitda cresceu 28 pontos porcentuais, passando de 10% para 38%. De janeiro a setembro, no entanto, o indicador cresceu apenas 4,3%, para R$ 7,053 bilhões. A margem Ebitda acumulada baixou 1,7 p.p. para 35%.

Excluindo itens como os custos dos planos de Aposentadoria Extraordinário (PAE) e do de Demissão consensual (PDC), despesas com investigação independente e consultorias extraordinárias na holding, ajustes retroativos, provisões para contingência, contratos onerosos, impairment e provisão para perdas em investimentos, entre outros itens extraordinários, o Ebitda recorrente do terceiro trimestre somou R$ 3,962 bilhões, 23,6% acima dos R$ 3,205 bilhões de um ano antes. A margem Ebitda recorrente avançou 5,5 p.p. para 54%

Somente em provisões, incluindo valores relacionados a desligamento de funcionários, créditos de CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) na Amazonas Energia e outras contingências, a Eletrobras anotou despesa superior a R$ 1 bilhão no trimestre. O montante é inferior, porém, aos R$ 2,58 bilhões reportados no terceiro trimestre de 2018.

A receita operacional líquida totalizou R$ 7,29 bilhões, montante 9,8% acima do verificado de julho a setembro de 2018. Considerando apenas as operações recorrentes, a expansão foi 11 % para R$ 7,354 bilhões.

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