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Eletrobras tem greve antes de assembleia sobre distribuidoras

Reunião de acionistas decidirá o modelo de privatização dessas distribuidoras

Eletrobras: distribuidoras da estatal operam em Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí (Reprodução/Google/VEJA)
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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 12h18.

São Paulo - Trabalhadores de seis distribuidoras de eletricidade da estatal Eletrobras que operam no Norte e Nordeste paralisaram os trabalhos nesta quinta-feira, em protesto contra uma assembleia de acionistas da companhia que decidirá o modelo de privatização dessas empresas, disse a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU).

O governo do presidente Michel Temer anunciou planos de desestatizar a Eletrobras, maior elétrica do país, mas a venda das seis subsidiárias de distribuição já estava prevista e é importante até para aumentar o interesse de investidores no negócio, uma vez que as empresas são fortemente deficitárias.

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A assembleia da Eletrobras acontece a partir das 14h desta quinta-feira, em Brasília.

"Como foram impetradas várias ações na Justiça para suspender sua realização, a expectativa é que uma liminar anulando a assembleia (AGE) possa ser emitida a qualquer momento", disse a FNU em nota em seu site.

Procurada sobre a paralisação, a Eletrobras informou que os serviços essenciais à população continuam sendo prestados normalmente.

As distribuidoras da estatal operam em Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.

As empresas têm prejuízos constantes e acumulam enormes dívidas e passivos.

A Eletrobras já decidiu que irá assumir 11,2 bilhões de reais em dívidas das subsidiárias para facilitar a privatização das empresas, que serão vendidas por um valor simbólico de 50 mil reais cada, associado a obrigações de aportes de recursos e investimentos.

Mas a União, controladora da companhia, deve votar na assembleia desta quinta-feira por um modelo em que a Eletrobras assumirá créditos ou obrigações financeiras das distribuidoras, como possíveis passivos de cerca de 4 bilhões de reais junto a fundos do setor elétrico na visão da reguladora Aneel.

Essa decisão dos acionistas retiraria incertezas sobre a venda das distribuidoras, evitando um fracasso no processo, conforme publicou a Reuters na semana passada com informação de uma fonte.

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