Eletrobras: ainda não há avaliação do valor das distribuidoras (Pilar Olivares/Reuters)
Reuters
Publicado em 2 de junho de 2017 às 18h29.
Rio de Janeiro - A Eletrobras pretende realizar licitações para vender suas seis distribuidoras de eletricidade que atuam no Norte e Nordeste entre novembro e dezembro deste ano, disse à Reuters o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr..
Atualmente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha junto com a companhia para fazer uma avaliação financeira dessas distribuidoras e definir o modelo em que elas deverão ser privatizadas.
"Entre julho e agosto devemos ter o modelo de venda e a avaliação dessas empresas. Nós entendemos que devemos ter esse processo de venda ao final do mês de novembro, começo do mês de dezembro", disse Ferreira.
Ainda não há avaliação do valor das distribuidoras.
A estatal ainda buscará levantar cerca de 5 bilhões de reais com a venda de participações em ativos de geração e transmissão de energia. O banco BTG Pactual foi contratado para avaliar o valor desses ativos, o que deverá ser concluído em julho.
Segundo Ferreira, esses ativos deverão ser negociados no segundo semestre, a princípio em dois pacotes: um que reunirá parques eólicos e um com empreendimentos de transmissão.
A Eletrobras também não descarta vender sua participação de quase 50 por cento na enorme hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, uma das maiores do mundo.
Nesse caso, no entanto, a estatal aguardará a posição dos demais sócios, que, segundo o executivo, estão avaliando a contratação de bancos para vender suas fatias na usina.
"A gente pode acompanhá-los no valor que eles venderem... dependendo do preço que for oferecido, nós consideraremos", disse Ferreira.
A Cemig, que é uma das sócias da Eletrobras em Belo Monte, colocou sua fatia na usina em seu plano de desinvestimentos anunciado na quinta-feira.
Executivos da companhia disseram que os investidores de Belo Monte pretendem resolver algumas pendências do empreendimento, como a venda de uma parte da produção da usina que ainda está descontratada, para então colocar o ativo definitivamente à venda.