São Paulo - A Eletrobras está negociando com o governo brasileiro uma injeção de 12 bilhões de reais para tentar sair do sufoco. A estatal apresentou o segundo maior prejuízo de 2013, atrás apenas da OGX . Foram 6,2 bilhões de reais perdidos e, como consequência, ela foi a pior estatal da bolsa em termos de desempenho operacional, superando até a Petrobras.
Agora, ela espera receber recursos como forma de pagamento por investimentos feitos no sistema de transmissão e melhorias em usinas antes de 2000, diz o jornal Folha de S. Paulo. O acerto desses valores será feito de acordo com os critérios da Aneel e com o aval dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia.
De qualquer forma, se os investimentos forem feitos, quem pagará a conta serão os consumidores, num espaço de até 30 anos.
Segundo o jornal, a estatal não espera receber o dinheiro imediatamente e a expectativa é que a agência reguladora solte sua proposta até maio deste ano.
O pedido de negociação acontece meses após uma reunião do conselho da Eletrobras em dezembro de 2013, em que os executivos discutiram o futuro da empresa. Nela, um outro dado desconcertante foi apresentado: a estatal poderia ter ganhado 19 bilhões de reais no ano passado, segundo o jornal Valor Econômico.
A receita extra teria entrado caso a empresa não tivesse aderido à proposta de prorrogação antecipada das concessões de geração e transmissão, em 2012. Se tivesse ficado de fora do acordo, no ano seguinte poderia ter se beneficiado do alto preço da energia no mercado de curto prazo.
Marcelo Gasparino, um do conselheiros responsáveis pelo cálculo, vê a empresa em uma situação crítica. "Se continuar dessa maneira, a Eletrobras precisará ser capitalizada ainda este ano para sobreviver", disse ao jornal.
São Paulo - A OGPar (ex-OGX) somou prejuízo de 17,4 bilhões de reais em 2013, entre as companhias de capital aberto brasileira. A
Eletrobras registrou
prejuízo de 6,2 bilhões de reais em 2013 e ficou com a segundo posição, segundo dados da consultoria Economatica. Veja, a seguir, os 20 maiores prejuízos de 2013: *Matéria atualizada às 12h20
2. OGPar (ex-OGX) 2 /20(Divulgação)
Prejuízo: R$ 17,4 bilhões Setor: Petróleo e gás O prejuízo da
OGPar (ex-OGX) em 2013, de 17,4 bilhões de reais, coloca a petroleira do Grupo EBX, de Eike Batista, no topo do ranking das maiores perdas de 2013, não só no Brasil como também na América Latina e Estados Unidos.
3. Eletrobras 3 /20(Adriano Machado/Bloomberg)
Prejuízo em 2013: R$ 6,2 bilhões Setor: Energia elétrica O prejuízo da Eletrobras em 2013 surpreendeu o mercado, que esperava perdas inferiores a 1 bilhão de reais. Segundo a companhia, no último trimestre do ano, o resultado foi afetado negativamente por itens não recorrentes que somaram mais de 3,4 bilhões de reais, em função de baixa de ativos e provisões.
4. HRT Petróleo 4 /20(Divulgação)
Prejuízo em 2013: R$ 2,2 bilhões Setor: Petróleo e gás A HRT Participações encerrou 2013 com prejuízo 706% maior na comparação com o ano anterior, quando a empresa registrou perdas de 277,5 milhões de reais. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia também ficou negativo em 2,6 bilhões de reais.
5. MMX Mineração 5 /20(Divulgação/MMX)
Prejuízo em 2013: R$ 2 bilhões Setor: Mineração Em 2013, a MMX registrou prejuízo líquido de 2 bilhões de reais, valor 151% maior na comparação com as perdas do ano anterior. Segundo a mineradora, o resultado foi influenciado pela menor produção de minério na unidade MMX Corumbá no primeiro semestre seguida de sua paralisação total no segundo semestre.
6. Marfrig 6 /20(Paulo Whitaker/Reuters)
Prejuízo em 2013: R$ 913,5 milhões Setor: Alimentos e bebidas O prejuízo da Marfrig em 2013 é 284% maior na comparação com o ano anterior, quando a companhia somou perdas de 233,2 milhões de reais.
7. Fibria 7 /20(Rich Press/Bloomberg/Bloomberg)
Prejuízo em 2013: R$ 706,4 milhões Setor: Papel e celulose Segundo a Fibria, as perdas registradas em 2013 foram impactadas, principalmente, pela variação cambial. O prejuízo do período é praticamente igual na comparação com 2013.
8. Cobrasma 8 /20(Wikipedia)
Prejuízo em 2013: R$ 587,4 milhões Setor: Veículos e peças Apesar de não mais fabricar material ferroviário, a Cobrasma continua listada na bolsa. Em 2013, seu prejuízo totalizou 587,4 milhões de reais, 10% maior na comparação com 2012. As atividades da Cobrasma foram paralisadas em maio de 1998.
9. Biosev 9 /20(Dado Galdieri/Bloomberg)
Prejuízo em 2013: R$ 450,1 milhões Setor: Agronegócio Segundo a companhia, o resultado do período foi impactado por conta de 141,9 milhões de reais de créditos não serem reconhecidos do imposto de renda e contribuição social diferidos.
10. Itautec 10 /20(Divulgação)
Prejuízo em 2013: R$ 388 milhões Setor:Eletroeletrônicos A Itautec registrou prejuízo de 388 milhões de reais em 2013, ante lucro de 1,5 milhão de reais acumulado um ano antes. Segundo a companhia, os resultados foram impactados por conta da desativação da unidade de computação, pela perda de um grande contrato de serviços de logística e pela menor expedição de vendas de terminais de autoatendimento (ATMs).
11. Cemat 11 /20(Stock.Xchange)
Prejuízo em 2013: R$ 382,7 Setor: Energia elétrica A Cemat, rede de energia elétrica do mato-grossense, registrou prejuízo em 2013 622,3% maior na comparação com o ano anterior. Segundo balanço da companhia, o plano de dar continuidade aos registros das mudanças nas estimativas de avaliação das contingências cíveis, regulatórias, trabalhistas e fiscais impactou o resultado no período.
12. Minerva 12 /20(Divulgação)
Prejuízo em 2013: R$ 313,9 milhões Setor: Alimentos e bebidas O prejuízo da Minerva cresceu 58,1% em 2013 na comparação com o ano anterior, quando a companhia somou perdas de 198,8 milhões de reais. Segundo balanço da empresa, a variação cambial foi a grande vilã do período.
13. Viver 13 /20(Reprodução da web)
Prejuízo em 2013: R$ 281,4 milhões Setor: Construção A construtora Viver conseguiu reduzir em quase 40% o prejuízo de 2013 na comparação com 2012, quando a companhia somou perdas de 463,4 milhões de reais.
14. PDG Realty 14 /20(Bloomberg)
Prejuízo em 2013: R$ 270,9 milhões Setor: Construção Depois de amargar perdas bilionárias em 2012, quando acumulou prejuízo de 2,2 bilhões de reais, a PDG conseguiu diminuir significativamente suas perdas no ano passado.
15. V-Agro 15 /20(Elza Fiuza/ABr)
Prejuízo em 2013: R$ 229,8 milhões Setor: Agronegócios A V-Agro registrou prejuízo 331,1% maior em 2013 na comparação com o ano anterior.
16. Celpa 16 /20(Matt Cardy/Getty Images)
Prejuízo em 2013: R$ 228,7 milhões Setor: Energia elétrica A Centrais Elétricas do Pará (Celpa) conseguiu reduzir em 67,1% seu prejuízo em 2013 na comparação com 2012. Um ano antes, as perdas da companhia somaram 696,9 milhões de reais.
17. Suzano Papel 17 /20(Germano Lüders)
Prejuízo em 2013: R$ 220,4 milhões Setor: Papel e celulose A variação cambial também impactou negativamente os resultados da Suzano no ano passado. Embora, a companhia tenha registrado prejuízo milionário, a receita cresceu no período.
18. Cesp 18 /20(Marcos Issa/Bloomberg News)
Prejuízo em 2013: R$ 195,3 milhões Setor: Energia elétrica O último trimestre de 2013 foi o mais difícil para a CESP, geradora de energia controlada pelo governo do Estado de São Paulo. Somente no período, a companhia teve prejuízo líquido de 990,5 milhões de reais, o que impactou os números do ano. O balanço foi afetado negativamente por provisão relacionada ao fim da concessão da hidrelétrica Três Irmãos.
19. Inepar 19 /20(Cristiano Mariz/VOCÊ S/A)
Prejuízo em 2013: R$ 191,7 milhões Setor: Indústria e Construção O prejuízo da Inepar em 2013 cresceu 160,1% na comparação com as perdas acumuladas um ano antes. Em 2012, a companhia somou prejuízo de 73,7 milhões de reais.
20. Agora, veja as 20 empresas brasileiras com os maiores lucros 20 /20(Acordo salgado)