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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A Eletrobras divulgou nesta quinta-feira plano estratégico para período até 2020 em que cita entre as prioridades a internacionalização da empresa com foco nas Américas e risco gerado à empresa com a expiração de concessões de energia a partir de 2015.
A companhia, que este ano deverá investir 9 bilhões de reais, após 5,4 bilhões em 2008, pretende "focar principalmente as oportunidades de negócios no continente americano, notadamente, na Argentina, na Colômbia, nos Estados Unidos e no Peru".
O plano reafirma expectativas de que a companhia agirá diretamente ou em consórcio com empresas nacionais ou internacionais em seus projetos fora do país, que serão voltados principalmente para geração de energia hidrelétrica e transmissão.
A meta da empresa segundo o plano é que em 2020 a Eletrobras deverá ser "o maior sistema empresarial global de energia limpa, com rentabilidade comparável às das melhores empresas do setor elétrico".
Na primeira posição desse ranking de energia "limpa", a Eletrobras cita a canadense Hydro Quebec, com 206,60 terawatts/hora gerados, o que equivale a 100 por cento de sua geração, seguida pela ISA com 10,07 terawatts produzidos de energia limpa, equivalentes a 99,69 por cento de sua geração total. A Eletrobras surge em terceiro, com 98,20 por cento de geração limpa, num total de 225,49 terawatts/hora.
No horizonte do plano fatores de risco para a empresa no período do plano estratégico, a Eletrobras cita a expiração de concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica a partir de 2015, que representam cerca de um quarto da capacidade instalada.
"Caso sejam mantidas as regras atuais, há a possibilidade concreta de perda de concessão por parte de empresas do Sistema Eletrobras", afirma o plano.
"Existem riscos de adiamento ou paralisia das expansões requeridas, caso os recursos disponíveis ou passíveis de captação tenham que ser utilizados pelo sistema para a compra de ativos antigos", acrescenta a companhia no plano, que afirma que a Eletrobras "permanece sob um risco potencial de consequências imprevistas".