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eBay revela força de trabalho mais diversa do que colegas

Com 42% de mulheres e 7% de negros, companhia tem uma força de trabalho mais diversificada do que muitas outras do Vale do Silício

eBay: companhia tem uma força de trabalho mais diversificada do que muitas outras empresas de tecnologia (Bryan Bedder/Getty Images for eBay)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2014 às 19h50.

San Francisco - A eBay disse que as mulheres representam 42 por cento do seu pessoal e que 7 por cento dos seus funcionários nos EUA são negros, uma força de trabalho mais diversificada do que a de muitas empresas de tecnologia do Vale do Silício.

Em um relatório publicado ontem, a empresa de comércio eletrônico disse que 24 por cento dos seus funcionários técnicos são mulheres, junto com 28 por cento do pessoal de liderança.

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Do total da força de trabalho da eBay nos EUA, 5 por cento são hispânicos e 85 por cento são brancos ou asiáticos, disse a eBay, com sede em San Jose, Califórnia.

Em comparação, relatórios de diversidade da Facebook, da Google e da Twitter revelaram que mulheres formam cerca de 30 por cento do pessoal e negros, cerca de 2 por cento.

A série de relatórios demográficos responde a pedidos de maior divulgação e discussão sobre a diversidade no Vale do Silício, e a pesquisa alimentou o debate ao mostrar forças de trabalho predominantemente masculinas e com frequência brancas ou asiáticas.

“Acreditamos que um compromisso persistente possa fazer uma diferença demonstrável”, disse a eBay, que possui mais de 33.000 empregados no mundo, em uma publicação de blog.

“Estamos longe de estar satisfeitos. Continuaremos nos esforçando para progredir, e por uma eBay mais forte, melhor e mais diversa”.

A eBay, fundada em 1995, disse que tem se focado na diversificação com um programa iniciado há três anos chamado Rede de Iniciativas das Mulheres.

O esforço, que visa atrair e engajar mulheres na construção de carreiras no longo prazo, ajudou a mais do que dobrar o número delas em funções de liderança, disse a eBay.

Programas de recrutamento

A companhia também trabalhou para recrutar minorias mediante programas para negros e grupos hispânicos. A empresa está recrutando ativamente gays, lésbicas e veteranos de guerra, segundo a publicação no blog.

Ainda que negros representem uma maior proporção do total de funcionários da eBay nos EUA do que em outras empresas de tecnologia, eles ocupam 2 por cento dos cargos de liderança e 2 por cento dos empregos técnicos.

Os dados refletem a força de trabalho da empresa até o final do segundo trimestre.

A Google ajudou a iniciar a recente série de relatórios sobre diversidade quando revelou seus dados há dois meses.

A empresa disse que mulheres representam 30 por cento do seu pessoal e ocupam 21 por cento das posições de liderança e 17 por cento dos empregos técnicos. Mais de 90 por cento do seu pessoal nos EUA é branco ou asiático.

Falta de especialistas

Laszlo Bock, vice-presidente sênior de operações com pessoas da Google, destacou em uma publicação de blog a falta de especialistas qualificados em tecnologia entre as minorias e as mulheres, citando um estudo do Departamento Americano de Educação que descobriu que mulheres obtêm só 18 por cento dos títulos em Ciências da Computação nos EUA, e que negros e hispânicos obtêm cada um menos de 10 por cento.

A questão da diversidade vem recebendo cada vez mais atenção nos últimos anos. Em 2013, a diretora operacional da Facebook, Sheryl Sandberg, destacou os desafios enfrentados pelas mulheres na liderança no seu livro “Lean In”.

Contudo, as mulheres só representam 31 por cento da força de trabalho na própria Facebook.

Outras empresas mostraram uma maior diversidade. Trinta e nove por cento do pessoal da LinkedIn são mulheres, frente a 37 por cento da Yahoo! 40 por cento dos funcionários da startup web Pinterest, de capital fechado, são mulheres.

A maior empresa de tecnologia que ainda não informou seus dados é a Apple Inc. Neste mês, o CEO Tim Cook disse que a fabricante do iPhone planejava acabar divulgando informações sobre a diversidade da sua força de trabalho, sem dar prazos.

Um grupo de acionistas pressionou a Apple para que diversifique sua camada de líderes e seu conselho, que possui duas diretoras mulheres, incluindo a adição de uma das fundadoras da BlackRock, Sue Wagner, neste mês.

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