É hora de a nova presidente da Petrobras agir, afirma mercado
Graça Foster indica que vai priorizar resultados, mas investidores esperam atitudes concretas
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 18h08.
São Paulo – A indicação de Graça Foster para a presidência da Petrobras foi vista pelo mercado como uma escolha que priorizava uma gestão menos política e mais voltada a resultados. Foster ainda não completou seu primeiro mês à frente da estatal, mas, pelas suas declarações, já é possível ter sinais do que deve vir pela frente. “Mas existe uma diferença muito longa entre discurso e prática”, disse Ricardo Corrêa, analista de petróleo da Ativa Corretora.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, a presidente afirmou que não considera que a empresa esteja encurralada entre a política econômica do governo e a própria estratégia comercial. “Dizer que é uma empresa privada e tem compromisso com gerar valor é o que o mercado quer ouvir e é o óbvio, mas existe uma diferença muito longa entre discurso e prática. Esperamos que o discurso seja viabilizado”, disse Ricardo Corrêa, analista de petróleo da Ativa Corretora.
“A visão do mercado é que a Graça Foster teria um perfil mais técnico, mais alinhado com a agenda de geração de valor e a declaração vem em linha, é positivo, mas permanecemos céticos com relação a diferença entre discurso e fato”, disse Corrêa.
Mãos à obra
O que o mercado espera, mais do que discurso, são atitudes. Em uma época de subida no preço do petróleo, ver o preço da gasolina subir na bomba seria um sinal de ações alinhadas a discurso, segundo Corrêa. “O problema não é ceder a pressão mas é o quanto de pressão ela consegue exercer”, disse.
O Brasil mantém os preços dos derivados, como a gasolina, mais estáveis enquanto a cotação internacional acompanha as oscilações do petróleo. Embora essa política ajude a controlar a inflação, prejudica a Petrobras, que tem de comprar derivados no exterior para abastecer o mercado interno. A Petrobras registrou uma queda de 5,3% em seu lucro líquido de 2011 em relação ao valor de 2010. Um dos fatores que impactou o resultado foram justamente os custos de importação de combustível.
“Fazer com que a Petrobras pare de ser um dos braços de mecanismo de politica monetária do governo faria a diferença. Com a alta do preço do petróleo é um ótimo momento pra mostrar a que veio. Agora é a hora”, disse.
São Paulo – A indicação de Graça Foster para a presidência da Petrobras foi vista pelo mercado como uma escolha que priorizava uma gestão menos política e mais voltada a resultados. Foster ainda não completou seu primeiro mês à frente da estatal, mas, pelas suas declarações, já é possível ter sinais do que deve vir pela frente. “Mas existe uma diferença muito longa entre discurso e prática”, disse Ricardo Corrêa, analista de petróleo da Ativa Corretora.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, a presidente afirmou que não considera que a empresa esteja encurralada entre a política econômica do governo e a própria estratégia comercial. “Dizer que é uma empresa privada e tem compromisso com gerar valor é o que o mercado quer ouvir e é o óbvio, mas existe uma diferença muito longa entre discurso e prática. Esperamos que o discurso seja viabilizado”, disse Ricardo Corrêa, analista de petróleo da Ativa Corretora.
“A visão do mercado é que a Graça Foster teria um perfil mais técnico, mais alinhado com a agenda de geração de valor e a declaração vem em linha, é positivo, mas permanecemos céticos com relação a diferença entre discurso e fato”, disse Corrêa.
Mãos à obra
O que o mercado espera, mais do que discurso, são atitudes. Em uma época de subida no preço do petróleo, ver o preço da gasolina subir na bomba seria um sinal de ações alinhadas a discurso, segundo Corrêa. “O problema não é ceder a pressão mas é o quanto de pressão ela consegue exercer”, disse.
O Brasil mantém os preços dos derivados, como a gasolina, mais estáveis enquanto a cotação internacional acompanha as oscilações do petróleo. Embora essa política ajude a controlar a inflação, prejudica a Petrobras, que tem de comprar derivados no exterior para abastecer o mercado interno. A Petrobras registrou uma queda de 5,3% em seu lucro líquido de 2011 em relação ao valor de 2010. Um dos fatores que impactou o resultado foram justamente os custos de importação de combustível.
“Fazer com que a Petrobras pare de ser um dos braços de mecanismo de politica monetária do governo faria a diferença. Com a alta do preço do petróleo é um ótimo momento pra mostrar a que veio. Agora é a hora”, disse.