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Duopólio Boeing-Airbus confirma liderança na aviação

Os dois maiores fabricantes de aviões terminaram quase empatados após os primeiros quatro dias do Paris Air Show, com US$ 40 bilhões de pedidos cada um

Visitantes passam por avião em exposição na 50ª Paris Air Show (REUTERS/Pascal Rossignol)

Visitantes passam por avião em exposição na 50ª Paris Air Show (REUTERS/Pascal Rossignol)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 09h24.

São Paulo – A Boeing Co. e a Airbus SAS reafirmaram sua posição dominante na maior expo de comércio do setor de aviação sobre concorrentes como a canadense Bombardier Inc., que não recebeu pedido algum para os jatos de corredor único, as locomotivas da frota global de aviões.

Os dois maiores fabricantes de aviões terminaram quase empatados após os primeiros quatro dias do Paris Air Show, com US$ 40 bilhões de pedidos cada um, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira.

O CSeries da Bombardier e modelos de concorrentes como a Commercial Aircraft Corp. da China e a Irkut Corp da Rússia estão sendo excluídos de um mercado de jatos de corredor único, previsto para quase 25.000 aviões nas próximas duas décadas.

A Embraer SA do Brasil, concorrente da Bombardier em jatos regionais, tem evitado um confronto com o duopólio da Boeing-Airbus e ganhou US$ 16 bilhões de negócios nesta semana para pequenos aviões renovados.

Novos motores

A Embraer recebeu 365 encomendas e opções para seus jatos regionais renovados, liderado pela SkyWest Inc. e a International Lease Finance Corp. Os aviões terão novos motores e o maior vai aumentar para acomodar 132 pessoas.

A Bombardier lançou o CSeries em 2008 quando tentou mudar seu avião regional símbolo. O CSeries, projetado para transportar até 160 pessoas e competir com as menores ofertas da Boeing e Airbus, foi evitado pelos compradores nesta semana, mesmo com seu primeiro voo programado para ocorrer dentro de dias.


"É um avião totalmente novo. Eu posso entender que as companhias aéreas estejam esperando", disse Egon Behle, diretor executivo da MTU Aero Engines AG da Alemanha, sócia da Pratt Whitney, subsidiária da United Technologies Corp na fábrica do CSeries. "A Bombardier não tem um histórico como a Embraer, a Airbus e a Boeing".

"Estamos conversando com dezenas de clientes em potencial, eles estiveram aqui nesta semana nos visitando", disse em uma entrevista em Paris Mike Arcamone, que supervisiona os aviões comerciais da Bombardier em Montreal.

Sem confiança

A falta de vendas do CSeries é uma das razões pela qual a ILFC com sede em Los Angeles ainda não fez nenhum pedido, disse o presidente Henri Courpron, ontem em uma entrevista. Os locadores dependem de mercados ativos de aviões usados para maximizar o valor dos seus investimentos.

"Não temos confiança suficiente para investir neste avião", disse Courpron. "Não existe nenhuma lista de clientes sobre a qual se basear. Eles precisam se inventar".

"Os únicos que serão sérios concorrentes serão os chineses", disse John Leahy, diretor de vendas e chefe de operações da Airbus, em uma entrevista ontem. "Esta é uma indústria que requer bilhões e bilhões de investimentos por ano. Não acho que os canadenses sejam capazes de fazer isso e talvez os outros não estejam interessados no longo prazo".

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