Negócios

Drogasil e Droga Raia se unem e formam a maior rede de farmácias do país

Atuais acionistas da Drogasil terão 57% da nova empresa, que nasce com uma receita de R$ 4,1 bilhões

Farmácia da Drogasil: acionistas da rede terão a maior fatia da nova empresa (Lia Lubambo)

Farmácia da Drogasil: acionistas da rede terão a maior fatia da nova empresa (Lia Lubambo)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 20h49.

São Paulo - A Drogasil e a Droga Raia anunciaram, na noite desta terça-feira (2/8), uma associação que criará a maior rede de farmácias do país. O negócio foi antecipado pelo blog Faria Lima, de EXAME.com. A nova empresa se chamará Raia Drogasil e contará com mais de 700 drogarias em nove estados. De acordo com comunicado à imprensa, a nova empresa terá 8,3% de participação de mercado.

No acumulado de 12 meses encerrado em março, a Raia Drogasil apresentou uma receita bruta de 4,1 bilhões de reais. Seu ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 224 milhões de reais. Segundo a nota à imprensa, a associação já nasce como a sétima maior empresa de varejo do país, e líder no mercado farmacêutico.

As duas marcas - Drogasil e Droga Raia - serão mantidas. Segundo a empresa, o motivo é a boa receptividade que têm junto aos consumidores de diferentes regiões.

Estrutura acionária

Os atuais acionistas da Drogasil deterão 57% da nova companhia. Os acionistas da Droga Raia ficarão com os 43% restantes. O atual diretor geral e de relações com investidores da Drogasil, Claudio Roberto Ely, será o diretor-presidente da Raia Drogasil. Já Antônio Carlos Pipponzi, atual presidente da Droga Raia, será o presidente do conselho de administração da companhia recém-criada.

O conselho de administração terá nove membros. Cada grupo de acionistas oriundo das empresas que se associaram poderá indicar três conselheiros. Os três assentos remanescentes serão ocupados por membros independentes.

O acordo de acionistas será válido por dez anos. Entre seus termos, está a proibição de venda das ações por um determinado prazo [no jargão do mercado, é o chamado lock up]. A fatia envolvida no lock up é de 40% do capital da companhia. Cada um dos dois grupos de acionistas contribuirá com metade desses papéis.

A  fatia será reduzida gradualmente até o quinto ano de acordo, quando deve chegar a 30% do capital. A Raia Drogasil será listada no Novo Mercado da Bovespa - o segmento de maior nível de governança corporativa. Segundo o comunicado à imprensa, cerca de 50% de seu capital vai compor o free float - a fatia que circula livremente na bolsa.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisComércioEmpresasFarmáciasFusões e AquisiçõesRD – Raia DrogasilVarejo

Mais de Negócios

Imposto a pagar? Campanha da Osesp mostra como usar o dinheiro para apoiar a cultura

Uma pizzaria de SP cresce quase 300% ao ano mesmo atuando num dos mercados mais concorridos do mundo

Startup cria "programa de fidelidade" para criadores de conteúdo e times de futebol

Sem antenas, mas com wi-fi: esta startup chilena quer ser a "Netflix" da TV aberta