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Dr. Oetker vai ao Cade contra fusão de Sadia e Perdigão

As concorrentes do setor se unem para protestar contra a concentração de mercado que pode ser causada pela operação

Antes da leitura do voto de Ragazzo, em 8 de junho, o advogado da Dr. Oetker, Thiago Brito, apresentou suas alegações contra a operação (Divulgação)

Antes da leitura do voto de Ragazzo, em 8 de junho, o advogado da Dr. Oetker, Thiago Brito, apresentou suas alegações contra a operação (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 23h25.

São Paulo - Ao mesmo tempo em que a BRF Brasil Foods tenta convencer o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da importância da fusão entre Sadia e Perdigão, as concorrentes do setor esforçam-se em mostrar justamente o contrário, ou seja, que o negócio pode ser prejudicial à competição. Os advogados do escritório Sampaio Ferraz, defensores da Dr. Oetker, agendaram para a próxima quinta-feira uma reunião com o conselheiro Alessandro Octaviani.

Na semana passada, os advogados da Dr. Oetker também estiveram reunidos com os conselheiros Ricardo Ruiz e Marcos Veríssimo. Ruiz está com o processo depois que pediu vista dos autos no início do mês passado. Até o momento, apenas o relator Carlos Ragazzo pronunciou-se sobre o caso, votando contra a operação. A Dr. Oetker também deve marcar audiência com Olavo Chinaglia, o conselheiro que preside a sessão de julgamento do negócio entre Sadia e Perdigão.

Antes da leitura do voto de Ragazzo, em 8 de junho, o advogado da Dr. Oetker, Thiago Brito, apresentou suas alegações contra a operação. Ele solicitou ao Cade que vetasse a união. "A Dr. Oetker entende que a reprovação da operação é a saída, tendo em vista os moldes em que se encontra a operação. A não ser que se crie um terceiro player para rivalizar, o que é impossível no nosso entender", avaliou o advogado na ocasião.

Brito reforçou que a fusão traz "altíssimas concentrações" de mercado porque as marcas Sadia e Perdigão são a primeira e a segunda opção do consumidor. Além disso, conforme o advogado, as empresas blindam a possibilidade da chegada de novos entrantes no mercado. "Prevalece a lei dos mais fortes", pontuou.

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