O escopo inicial da nova empresa será a produção de etanol derivado da cana-de-açúcar como matéria-prima e fonte de energia (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2011 às 10h06.
São Paulo - A norte-americana Dow Chemical e a japonesa Mitsui oficializaram ontem uma parceria que deverá finalmente tirar da gaveta o antigo projeto da Dow de construir um complexo de biopolímeros no Brasil. Segundo comunicado do grupo norte-americano, as duas empresas formarão uma joint venture cujo "escopo inicial" será a produção de etanol derivado da cana-de-açúcar como matéria-prima e fonte de energia.
O projeto, anunciado inicialmente em 2007, previa a parceria da Dow com a brasileira Crystalsev, acordo que não chegou a se concretizar por causa da decisão da Santelisa Vale - controladora da Crystalsev - de rever suas operações.
A partir da assinatura de um memorando de entendimento anunciada ontem, a Mitsui se tornará parceira com participação de 50% na operação de cana-de-açúcar da Dow em Santa Vitória (MG). "Uma vez concluída (a operação), a Dow e a Mitsui terão a maior planta integrada do mundo para a produção de biopolímeros feitos a partir de etanol renovável derivado da cana-de-açúcar", destaca a Dow em comunicado.
O documento também destaca que o projeto é considerado "a maior aposta de biopolímeros do mundo e é o maior investimento da Dow no Brasil", sem, entretanto, detalhar os valores do aporte. No Brasil, a Braskem já opera uma fábrica de polietilenos produzidos com etanol, no Rio Grande do Sul.
A primeira fase do projeto da joint venture inclui a construção de uma nova unidade de produção de cana-de-açúcar para etanol em Santa Vitória, obra que deverá ter início no terceiro trimestre deste ano. A operação deverá ser concluída ainda em 2011, e está sujeita a algumas aprovações regulatórias, explica a Dow.
A produção de etanol será integrada a uma linha de plásticos. "Os biopolímeros produzidos nessa unidade serão uma alternativa verde e substitutos para os mercados de embalagens flexíveis de alta performance, de produtos médicos e de higiene", completa o documento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.