Dono de Veloster ganha causa contra Hyundai Caoa
Esportivo da Hyundai foi anunciado com 140 cv, mas chegou ao Brasil com apenas 128
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2015 às 12h20.
A Hyundai Caoa foi condenada a ressarcir um cliente (ou ex-cliente) que havia adquirido um Veloster no Brasil. A empresa terá de pagar R$ 25.334,44 em reparação por danos materiais ao autor do processo . O motivo da ação foi a divergência de potência anunciada em relação a potência real do motor do veículo - situação que ganhou manchetes na época.
O Hyundai Veloster causou furor no Brasil em 2011. Antes de seu lançamento oficial, em novembro daquele ano, já havia fila de clientes nas concessionárias. Meses antes de o carro ganhar corpo, pois nem havia desembarcado no país, várias unidades já estavam reservadas (e até pagas). Mesmo sem nunca ter visto o hatch-cupê ao vivo - só por fotos - consumidores pagaram antecipadamente e com ágio pelo coreano supostamente esportivo.
Na época, uma ação coletiva forçou a empresa a tirar do ar os anúncios do modelo e corrigir a informação da potência divulgada. O Veloster havia sido anunciado com 140 cavalos, mas, na verdade, desenvolvia só 128 cv. Além disso, vários equipamentos descritos não estavam disponíveis nos carros vendidos, como o sistema de som dotado de 8 alto-falantes e 8 air bags.
O processo sentenciado este mês em Brasília é fruto de uma investigação instaurada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que investigou as acusações de propaganda enganosa realizadas no lançamento do modelo. Os anúncios apontavam valores incompatíveis com a real potência do Veloster e Elantra. O sedã era anunciado com 160 cv, mas o motor 1.8 16V tinha apenas 148.
No caso do Veloster, os 140 cavalos divulgados eram os mesmos dos motores vendidos fora daqui, com injeção direta de combustível. Porém, o propulsor Gamma 1.6 16V tinha injeção no coletor de admissão, por meio de flauta e bicos de injeção na peça - não por injeção direta dentro dos cilindros.
Nos testes realizados por QUATRO RODAS, o Veloster foi de 0 a 100 km/h em 12,8 segundos. O Mercedes-Benz Vito, uma van de 8 passageiros e 5,3 m de comprimento, é capaz de cumprir a mesma prova em 11,2 s. os números do compacto eram piores do que os de familiares básicos da época.
A repercussão do caso acabou com a reputação do modelo, que virou chacota entre entusiastas. O Veloster virou um mico e teve sua importação oficialmente encerrada em fevereiro de 2014. Na prática, porém, o desempenho ruim (também) de vendas era notório há mais de um ano.
Procurada pela reportagem de QUATRO RODAS, a Hyundai Caoa emitiu o seguinte pronunciamento: "A CAOA recorrerá da decisão por entender pela sua total improcedência e pela impossibilidade de se julgar tecnicamente o feito no juizado de pequenas causas. Além disso, é notório e pacífico que os órgãos reguladores reconhecem os dados do potência de veículo ".
A Hyundai Caoa foi condenada a ressarcir um cliente (ou ex-cliente) que havia adquirido um Veloster no Brasil. A empresa terá de pagar R$ 25.334,44 em reparação por danos materiais ao autor do processo . O motivo da ação foi a divergência de potência anunciada em relação a potência real do motor do veículo - situação que ganhou manchetes na época.
O Hyundai Veloster causou furor no Brasil em 2011. Antes de seu lançamento oficial, em novembro daquele ano, já havia fila de clientes nas concessionárias. Meses antes de o carro ganhar corpo, pois nem havia desembarcado no país, várias unidades já estavam reservadas (e até pagas). Mesmo sem nunca ter visto o hatch-cupê ao vivo - só por fotos - consumidores pagaram antecipadamente e com ágio pelo coreano supostamente esportivo.
Na época, uma ação coletiva forçou a empresa a tirar do ar os anúncios do modelo e corrigir a informação da potência divulgada. O Veloster havia sido anunciado com 140 cavalos, mas, na verdade, desenvolvia só 128 cv. Além disso, vários equipamentos descritos não estavam disponíveis nos carros vendidos, como o sistema de som dotado de 8 alto-falantes e 8 air bags.
O processo sentenciado este mês em Brasília é fruto de uma investigação instaurada pelo Ministério Público de Minas Gerais, que investigou as acusações de propaganda enganosa realizadas no lançamento do modelo. Os anúncios apontavam valores incompatíveis com a real potência do Veloster e Elantra. O sedã era anunciado com 160 cv, mas o motor 1.8 16V tinha apenas 148.
No caso do Veloster, os 140 cavalos divulgados eram os mesmos dos motores vendidos fora daqui, com injeção direta de combustível. Porém, o propulsor Gamma 1.6 16V tinha injeção no coletor de admissão, por meio de flauta e bicos de injeção na peça - não por injeção direta dentro dos cilindros.
Nos testes realizados por QUATRO RODAS, o Veloster foi de 0 a 100 km/h em 12,8 segundos. O Mercedes-Benz Vito, uma van de 8 passageiros e 5,3 m de comprimento, é capaz de cumprir a mesma prova em 11,2 s. os números do compacto eram piores do que os de familiares básicos da época.
A repercussão do caso acabou com a reputação do modelo, que virou chacota entre entusiastas. O Veloster virou um mico e teve sua importação oficialmente encerrada em fevereiro de 2014. Na prática, porém, o desempenho ruim (também) de vendas era notório há mais de um ano.
Procurada pela reportagem de QUATRO RODAS, a Hyundai Caoa emitiu o seguinte pronunciamento: "A CAOA recorrerá da decisão por entender pela sua total improcedência e pela impossibilidade de se julgar tecnicamente o feito no juizado de pequenas causas. Além disso, é notório e pacífico que os órgãos reguladores reconhecem os dados do potência de veículo ".