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Dono de império global, Lemann inova e aposta no Snapchat

Conhecido por investir no setor produtivo, Jorge Paulo Lemann diversifica com a Innova Capital e compra fatia do Snapchat

Jorge Paulo Lemann: além do Snapchat, empresário também investiu na Movile, dona do iFood, e outras três empresas de software (Sergio Lima/FolhaPress/Veja)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 09h20.

São Paulo - Dono de uma fortuna estimada em cerca de US$ 30 bilhões, o empresário Jorge Paulo Lemann , controlador da AB InBev , maior cervejaria do mundo, da rede de fast food Burger King e da Heinz , tornou-se mais conhecido pelos consumidores brasileiros ao unir a Brahma à Antarctica, em 1999, criando a AmBev .

Anos antes, ainda no comando do banco Garantia, já dava tacadas certeiras sempre farejando grandes negócios na chamada economia real. Aos 76 anos, Lemann, à frente de um império de emblemáticas marcas globais por meio do fundo 3G, avança a passos largos para se tornar um importante investidor em empresas de inovação.

Não há limites para a ambição de um dos maiores empreendedores do mundo. Em maio, Lemann tornou-se um dos investidores do Snapchat , rede social de fotos e vídeos com 150 milhões de usuários diários, cujo valor de mercado é de cerca de US$ 22 bilhões.

Sua entrada nesse negócio foi por meio do fundo Innova Capital, do qual é um dos investidores. O valor aportado no Snapchat, que captou US$ 1,8 bilhão em uma rodada de investimentos há três meses, é mantido sob sigilo.

A entrada de tradicionais investidores globais em empresas de tecnologia surpreende o mercado. Foi assim também com o bilionário americano Warren Buffet, da Berkshire Hathaway, sócio do empresário suíço-brasileiro na Heinz e na Kraft (que uniram as operações em 2015), que decidiu investir, em maio, cerca de US$ 1 bilhão em ações da gigante Apple.

Nada indica que Lemann vá mudar radicalmente o perfil de seus investimentos. Mas os passos mais recentes do empresário, que mora na Suíça e é conhecido por mergulhar a fundo em cada negócio no qual põe seu dinheiro, mostram que, ao mesmo tempo em que orquestra a fusão da sua gigante AB InBev, donas das marcas Stella Artois e Budweiser, com a SABMiller, também diversifica atuação em diferentes negócios, como a recém-criada rede de padarias Benjamin; a Dauper, de ingredientes alimentícios e cookies; a empresa de aplicativos Movile, dona da iFood e PlayKids; da Diletto (fabricante de picolés premium); e outras três companhias de software. Também é investidor de outros fundos, como o Gera, da área de educação.

Esses investimentos considerados "fora da curva", incluindo o do Snapchat, foram feitos pelo fundo de investimento Innova Capital, gerido com mãos de ferro por Veronica Serra, que faz parte do board global da Endeavor, uma das maiores organizações de apoio a empreendedorismo.

É por meio desse fundo de gestão ativista, que tem vários investidores de peso – entre eles Marcel Telles, sócio do empresário no 3G –, que Lemann busca oportunidades fora da economia real e diversifica seus negócios.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Dono de uma fortuna estimada em cerca de US$ 30 bilhões, o empresário Jorge Paulo Lemann , controlador da AB InBev , maior cervejaria do mundo, da rede de fast food Burger King e da Heinz , tornou-se mais conhecido pelos consumidores brasileiros ao unir a Brahma à Antarctica, em 1999, criando a AmBev .

Anos antes, ainda no comando do banco Garantia, já dava tacadas certeiras sempre farejando grandes negócios na chamada economia real. Aos 76 anos, Lemann, à frente de um império de emblemáticas marcas globais por meio do fundo 3G, avança a passos largos para se tornar um importante investidor em empresas de inovação.

Não há limites para a ambição de um dos maiores empreendedores do mundo. Em maio, Lemann tornou-se um dos investidores do Snapchat , rede social de fotos e vídeos com 150 milhões de usuários diários, cujo valor de mercado é de cerca de US$ 22 bilhões.

Sua entrada nesse negócio foi por meio do fundo Innova Capital, do qual é um dos investidores. O valor aportado no Snapchat, que captou US$ 1,8 bilhão em uma rodada de investimentos há três meses, é mantido sob sigilo.

A entrada de tradicionais investidores globais em empresas de tecnologia surpreende o mercado. Foi assim também com o bilionário americano Warren Buffet, da Berkshire Hathaway, sócio do empresário suíço-brasileiro na Heinz e na Kraft (que uniram as operações em 2015), que decidiu investir, em maio, cerca de US$ 1 bilhão em ações da gigante Apple.

Nada indica que Lemann vá mudar radicalmente o perfil de seus investimentos. Mas os passos mais recentes do empresário, que mora na Suíça e é conhecido por mergulhar a fundo em cada negócio no qual põe seu dinheiro, mostram que, ao mesmo tempo em que orquestra a fusão da sua gigante AB InBev, donas das marcas Stella Artois e Budweiser, com a SABMiller, também diversifica atuação em diferentes negócios, como a recém-criada rede de padarias Benjamin; a Dauper, de ingredientes alimentícios e cookies; a empresa de aplicativos Movile, dona da iFood e PlayKids; da Diletto (fabricante de picolés premium); e outras três companhias de software. Também é investidor de outros fundos, como o Gera, da área de educação.

Esses investimentos considerados "fora da curva", incluindo o do Snapchat, foram feitos pelo fundo de investimento Innova Capital, gerido com mãos de ferro por Veronica Serra, que faz parte do board global da Endeavor, uma das maiores organizações de apoio a empreendedorismo.

É por meio desse fundo de gestão ativista, que tem vários investidores de peso – entre eles Marcel Telles, sócio do empresário no 3G –, que Lemann busca oportunidades fora da economia real e diversifica seus negócios.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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